Adoniran Barbosa na Ateliê Editorial

Nasceu, no dia 6 de julho de 1910, o ator, compositor e um dos maiores nomes da cultura brasileira, Adoniran Barbosa. Para a celebrar a data, a Ateliê Editorial apresenta a obra Adoniran Barbosa – O Poeta da Cidade, de Francisco Rocha, que faz parte de seu catálogo. O livro está em promoção (de R$53,00 – por R$47,70) no site da editora.
SOBRE O LIVRO
As populações excluídas foram constantemente retratadas nas canções de Adoniran Barbosa. Neste estudo, Francisco Rocha toma a vida e a obra do artista como pontos de partida para analisar a São Paulo dos anos 1950. Merece destaque o cotidiano urbano, com suas personagens anônimas e os sinais do “”progréssio””. As fotos de Alice Brill e as relíquias do extinto museu Adoniran Barbosa ilustram a época em que viveu o criador de Saudosa Maloca, Iracema, Trem das Onze e História Paulista.
Francisco Rocha é professor e historiador pós-graduado pela Universidade de São Paulo, onde surgiram os primeiros esboços deste trabalho.

ADONIRAN BARBOSA (1910-1982)
João Rubinato nasceu na cidade de Valinhos, interior de São Paulo, no dia 6 de agosto de 1910, e na infância muda-se para Jundiaí. Em 1924 radica-se em Santo André, na Grande São Paulo, e começa a trabalhar para ajudar a família. Aos 22 anos vai para São Paulo, onde trabalha como vendedor de tecidos e participa de programas de calouros no rádio. Nessa época adota o pseudônimo de Adoniran Barbosa – Adoniran, nome de seu melhor amigo, e Barbosa em homenagem ao cantor Luís Barbosa, seu ídolo.
Em 1934, com a marcha Dona Boa, feita em parceria com J. Aimberê, conquista o primeiro lugar no concurso carnavalesco promovido pela prefeitura de São Paulo. Em 1941 é convidado para atuar na Rádio Record, em que trabalha como ator cômico, discotecário e locutor. Em 1955 compõe o primeiro sucesso, Saudosa Maloca, gravado pelo conjunto Demônios da Garoa. Em seguida lança outras músicas, como Samba do Arnesto, Abrigo de Vagabundo e a famosa Trem das Onze.
Em suas músicas, retrata o cotidiano das camadas pobres da população urbana e as mudanças causadas pelo progresso. Para isso, faz uso da maneira de falar dos moradores de origem italiana de alguns bairros paulistanos, como Barra Funda e Brás. Uma de suas últimas composições é Tiro ao Álvaro, gravada por Elis Regina em 1980.
Morre em São Paulo no dia 23 de novembro de 1982.