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Cinco fatos sobre ‘Isolados em um Território em Guerra na América do Sul’

“Enquanto redigia, minha casa sofreu três buscas policiais e fiquei preso durante um mês. Por pouco os originais não foram apreendidos, felizmente foram salvos por minha esposa, que durante a noite, acordou e escondeu-os dentro da parede e cobriu com barro, conseguindo assim burlar a inspeção dos policiais. Em outra ocasião, ela escondeu esses originais debaixo de sua roupa e, ainda em outra oportunidade, logrou ocultá-los embaixo do cobertor da cama onde dormia o filho enfermo”.

– Koichi Kishimoto, em 1947

O AUTOR

Koichi Kishimoto nasceu em 1898 na cidade de Shibata, província de Nigata, Japão. Chegou ao Brasil no dia 13 de setembro de 1922, com a esposa e uma filha, radicando-se no noroeste do estado de São Paulo, nas proximidades de Promissão. De agricultor, passou a lecionar japonês. Foi para a capital para estudar português. Candidatou-se a uma vaga de professor da escola primária, sendo aprovado. Em 1931, inaugurou o Gyosei Gakuen (Liceu Aurora), que tinha licença para funcionar como escola regular. Naturalizou-se brasileiro. Lançou a revista Koya, em japonês. Além do livro Nambei no senya ni koritsu shite (Isolados em um Território em Guerra na América do Sul), publicou outros 9 livros em japonês, tendo como tema o Japão ou viagens pelo Brasil e América do Sul. Recebeu comendas de Honra ao Mérito do governo japonês, do Instituto Histórico e Geográfico e da Sociedade Geográfica Brasileira. Após seu falecimento em 1977, foi homenageado com o nome de uma rua na Vila Morais, homologado pela Prefeitura do município de São Paulo. No Japão, houve a publicação de um livro sobre sua vida e da versão atualizada do Nambei no senya ni koritsu shite.

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