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CONHEÇA A OBRA
Os dois primeiros livros de Rabelais, respectivamente, Pantagruel e Gargantua, podem ser vistos como pertencendo a um conjunto de paradigmas similares: a fundação da genealogia de uma família de gigantes; a reflexão entre história e estória; a fundação de uma mitologia que abarca a historiografia, a toponímia e a ficção sob a mirada da sátira.
A obra completa fornece, portanto, elementos de análise que conduzem o leitor e o estudioso a apreciar a evolução dos interesses, o aprofundamento dos tópicos , o refinamento de estilo que tomaram forma ao longo da obra do escritor.
Significativamente, os dois primeiros livros são assinados sob o pseudônimo de Alcofrybas Nasier, e depois Alcofrybas, anagrama de Françoys Rabelais, seguido do epiteto “abstrair a quinta essencia”, o Terceiro e o Quarto Livro já aparecem com o nome de François Rabelais, seguido de Doutor em Medicina.
A primeira edição de Pantagruel se dá em 1532, por Claude Nourry, em Lyon. O livro é um sucesso e contará com várias reedições. Também nesta data, saem as “Prognosticações Pantagruelinas” para 1533, sendo reeditadas em 1535, 1537, 1538 e depois servindo para o “ano perpétuo”; tais prognósticos são seguidos do “Almanaque para o Ano 1533” (assinado por Rabelais, doutor em medicina e professor de astrologia).
Em 1542, Juste publica uma reedição de Pantagruel e Gargantua mas expurgados. A edição de Doler, entretanto, sai não expurgada. Rabelais está na lista de livros censurados pela Sorbonne de 1543.
Em 1546, O Terceiro Livro é publicado em Paris. O livro vai para a lista de censura da Sorbonne. Uma primeira versão parcial do Quarto Livro sai em 1548.
A edição definitiva do Quarto Livro sai em 1552, por Michel Fezandar, em Paris, que publica no mesmo ano uma edição do Terceiro Livro, Revista e Corrigida pelo Autor Segundo a Censura Antiga (censura aqui significando ortografia). Em 1562, depois da morte de Rabelais (provavelmente em 15530), sai a “Isle Sonante”. Em 1564, é publicado o Quinto Livro.
O AUTOR
François Rabelais (1494-1553) foi escritor, padre e médico francês do Renascimento. Ficou para a posteridade como o autor das obras-primas cômicas Pantagruel e Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas. O escatologismo foi usado para condenação humorística. A exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária asseguraram a sua popularidade. Foi um sacerdote de fraca vocação, erudito apaixonado pelo saber, de espírito ousado e com propensão para as novidades e para as reformas.
Depois de aparentemente ter estudado Direito, tornou-se franciscano e iniciou os seus contatos com o movimento humanístico, trocou correspondência com G. Budé e com Erasmo de Roterdam. Depressa adquiriu fama de grande humanista junto dos seus contemporâneos, mas a sátira religiosa, o humor escatológico e as suas narrativas cômicas abriram-lhe o caminho para a perseguição. A sua vida estava dependente do poder de várias figuras públicas, nos tempos perigosos de intolerância que se viviam na França. Por ordem da Sorbonne, viu confiscados os seus livros, tendo então passado para a ordem dos beneditinos. Interessou-se pelo Direito e sobretudo pela Medicina. Médico em Lyon, aí publicou uma edição dos Aforismos de Hipócrates, Pantagruel (1532), seguido por Gargântua (1534).
A proteção do cardeal J. Du Bellay salvou-o da repressão da Sorbonne que lhe condenara a obra. Depois de receber a permissão para o abandono do hábito, obteve o doutoramento em Medicina. O Quarto Livro, concluído em 1552, só foi publicado 11 anos após a sua morte. Pretendeu libertar as pessoas da superstição e das interpretações adulteradas que a Idade Média alimentara, não indo entretanto contra o Evangelho nem contra o valor divino. A obra de Rabelais constituiu uma das mais originais manifestações da crença do homem nas suas capacidades, simbolizadas pelo gigantismo das personagens. Inimigo da Idade Média, atacou a cavalaria, a mania conquistadora, o espírito escolástico e sobretudo o sistema de educação.