10 de junho de 1579 (ou 1580): data da morte do poeta Luís de Camões, um dos mais importantes nomes da literatura em língua portuguesa, autor de Os Lusíadas e de sonetos que, mais de 400 anos depois, ainda são conhecidos de cor por muita gente (a Legião Urbana, por exemplo, imortalizou versos do português em canções). Esse é o motivo de, a cada 10 de junho, ser comemorado o Dia da Língua Portuguesa. Mas, você sabia que há outras duas datas para a mesma celebração?
5 de maio é o Dia Internacional da Língua Portuguesa (Dia da Lusofonia), celebrado por todos os países da CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. A data foi estabelecida oficialmente em 2009. Mas, aqui no Brasil, a data ainda tem outro marco: 5 de novembro é o Dia nacional da Língua Portuguesa, instituído em 2006 em homenagem à data de nascimento de Ruy Barbosa, membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Como se vê, não faltam datas ou motivos para celebrar a nossa língua. Mas, neste ano, aproveitando o 10 de junho, resolvemos fazer uma seleção de títulos escritos em português para inspirar você!
Mais de 50 sonetos, redondilhas, odes e uma canção compões esta coletânea comentada e anotada por Izeti F. Torralvo e Carlos C. Minchillo e ilustrada por Hélio Cabral. Nela, o leitor ainda pode acompanhar uma biografia de camões e ter acesso a informações contidas nas notas de rodapé.
Escrito por Adolfo Caminha, este é o primeiro romance brasileiro a abordar a homossexualidade masculina no Brasil pós-abolicionista e republicano. O ensaio de apresentação desta edição analisa o romance e comenta sua recepção, levando em conta os modos enviesados e produtivos pelos quais a herança de um escritor como Émile Zola rendeu frutos, nas circunstâncias brasileiras. Ilustrado por Kaio Romero, tem apresentação e notas de Salete de Almeida Cara.
Clássico da literatura brasileira, publicado durante o Segundo Reinado. A obra é um marco na representação dos valores patriarcais da época. O enredo gira em torno da relação entre Ceci, a filha de um desbravador português, e Peri, um índio goitacá. A edição tem prefácio e notas de Eduardo Vieira Martins e ilustrações de Luciana Rocha.
Este romance de Aluísio Azevedo é uma história em que há algo de patético, trágico e alegórico. Este “romance de formação às avessas” conta a história dos amigos de infância André e Teobaldo, com suas características diametralmente opostas. O estabelecimento do texto e notas são de José de Paula Ramos Jr. e Maria Schtine Viana, também responsável pela apresentação e pelo posfácio do volume, que é ilustrado por Kaio Romero.
Esta edição de Mensagem traz ao leitor brasileiro, pela primeira vez, o texto dessa obra-prima rigorosamente estabelecido. Deve-se isso ao esforço de António Apolinário Lourenço, professor da Universidade de Coimbra e prestigiado estudioso da obra de Fernando Pessoa. Com seu ensaio de apresentação da obra e as notas que agrega aos poemas, António Apolinário Lourenço oferece aos leitores uma orientação tão segura quanto esclarecedora para resolver tantas dificuldades de compreensão, decorrentes da rica e complexa simbologia de Mensagem. As ilustrações são de Kaio Romero.
Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá
Esta obra de Lima Barreto é um caso raro na literatura brasileira. Apesar de escrito por um dos mais importantes autores nacionais, é um livro pouco lido, pouco conhecido, pouco estudado e pouco editado. O início do século XX é marcado pela modernização do Rio de Janeiro, inclusive do ponto de vista de costumes. Gonzaga de Sá é um funcionário que não consegue se adaptar às novidades e, enquanto contempla as mudanças na paisagem urbana reflete sobre a alienação humana. O livro tem apresentação de notas de Marcos Scheffel.