Jerusa Pires Ferreira*
Trata-se, de fato, de um jogo de palavras. Pergunta-se, qual?
Quantos saberão jogar assim com a graça das significações e sonoridades, ritmos, todos carregados de atitude singular que envolve presente e memória?
Se há a evocação de fatos e sentimentos , há também o chamado, às vezes crítico, para os dias de agora, apontando para o futuro.
Este livro/jogo/Poema lança suas redes para pequenos textos, histórias, contos do autor, episódios de uma fina crítica que foi se construindo, ao longo da Vida…
Trazendo o riso, leva à reflexão, e ao questionar os conceitos, poderia desembocar na filosofação tradicional. Mas ele, Hamlet, pede a este que afinal se decida.
Reunir poemas , situá-los , projetá-los rumo a um entendimento sério e jocoso, é tarefa de quem sabe das palavras e de como elas são capazes de urdir outras tantas. Como pano de fundo, transparecem os ditos graciosos, que provém da vivência ídische.
Para você, Jacó, o abraço que parte da leitura /livre mas comprometida com o encanto / espanto de pensar o nosso mundo…
*Jerusa Pires Ferreira é doutora e livre-docente pela Universidade de São Paulo. É autora de inúmeros artigos além de professora de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC-SP. Pela Ateliê Editorial publicou: Armadilhas da Memória e Outros Ensaios, Cultura das Bordas – Edição. Comunicação. Leitura, Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão e Livros, Editora & Projetos (et alii).
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