No dia 29 de setembro de 1981, duas semanas após ‘Eles Não Usam Black-tie’ ser premiado no Festival de Veneza e um dia depois de entrar em cartaz no circuito paulista de exibição, Leon Hirszman participou de um programa de entrevistas na rádio Jornal do Brasil […] Do ponto de vista de Hirszman, após anos de perseguição política que sufocara a liberdade de expressão e esvaziaria as representações engajadas da classe popular, assistia-se finalmente à reemergência mais ampla de um campo artístico que poderia, com menos receio, manifestar as leituras críticas em torno dos dilemas sociais e do autoritarismo que se mantinha no poder desde 1964. (Trecho do livro ‘Por um Cinema Popular – Leon Hirszman, Política e Resistência’, de Reinaldo Cardenuto).
Reinaldo Cardenuto é professor de cinema da Universidade Federal Fluminense. Doutor pela Universidade de São Paulo, com pesquisas voltadas para as relações entre arte e história, publicou diversos artigos, coordenou dossiês e atuou no corpo editorial de importantes periódicos. Foi organizador do livro Antonio Benetazzo. Permanências do Sensível (2016) e dirigiu filmes como Entre Imagens (Intervalos) (2016).
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