Romance e estudo acadêmico mostram que o mais brasileiro dos ritmos inspira literatura de qualidade e permite interpretações valiosas sobre a cultura nacional
João Paulo | Correio Braziliense
Quando pôs o samba em leilão em “Quem Dá Mais”, o pregoeiro de Noel Rosa defendia que a música exprimia “dois terços do Rio de Janeiro”. Corria o ano de 1930, tempo de profundas transformações políticas e de afirmação de um dos elementos mais fortes da cultura brasileira. O país buscava o rumo da modernização e a música popular surgida na periferia se fincava no coração da cidade e da nascente indústria cultural. Noel (1910 – 1937) sabia das coisas e tinha pouco tempo. Em 26 anos de vida, compôs quase 300 sambas, estabeleceu os marcos da moderna canção popular e saiu de cena.
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