Édipo Rei
R$ 103,00
Finalista na Categoria Tradução no Prêmio Jabuti 2023
Dando continuidade à publicação das tragédias de Sófocles, Ateliê Editorial e Mnema trazem ao público duas novas tragédias: Édipo Rei e Antígona.
Características notáveis da Grécia antiga são o culto dos Deuses e o enorme prestígio de santuários oraculares, onde se revelavam o porvir e o desconhecido em resposta a consultas de governantes e de particulares. Nesse contexto cultural se desenrola a surpreendente e assustadora trajetória do herói Édipo. O rei de Tebas, Laio, certa vez ao consultar o oráculo de Delfos obteve uma resposta terrível: teria um filho que mataria
o pai e esposaria a mãe. Quando lhe nasceu o filho, Laio se lembrou do oráculo e, apavorado, atou o bebê pelos pés e entregou-o a um servo para que o expusesse à morte no monte Citéron. O servo, porém, compadecido, o entregou a um outro pastor que, por sua vez, o conduziu ao seu rei, em Corinto. O rei de Corinto, por não ter filhos próprios, adotou a criança e lhe deu o nome de Édipo. Já adulto, Édipo decidiu consultar o oráculo de Delfos a respeito de sua origem, e em resposta ouve que ele mataria seu pai e esposaria sua mãe. Édipo, para evitar que a profecia se cumprisse, foge de Corinto. Em sua perambulação errática, encontra a Esfinge que às portas de Tebas propunha um enigma aos transeuntes e devorava quem não o decifrasse. Édipo adivinha o enigma, salva a cidade do monstro e, em recompensa pela salvação da cidade, casa-se com a rainha viúva do rei de Tebas, Laio, que recentemente em uma viagem ao estrangeiro tinha sido morto por não se sabia quem. O mito de Édipo encontra sua mais célebre realização na tragédia Édipo Rei, ou Édipo em Tebas, de Sófocles, que a Ateliê Editorial, em parceria com a editora Mnema, oferece ao público leitor na tradução poética de Jaa Torrano em primorosa edição bilíngue. São notáveis a musicalidade e o jogo de imagens que a tradução preserva ao transpor para o português as virtudes estilísticas do texto grego. Acompanham a tradução os esclarecedores estudos de Jaa Torrano e de Beatriz de Paoli, além de um oportuno glossário de teônimos, antropônimos e topônimos. [José de Paula Ramos Jr.]
Coleção Clássicos Comentados
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
Tradução: Jaa Torrano
Estudos: Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
Descrição
A Cratofania do Deus Apolo – Jaa Torrano
Tríplices Caminhos, Múltiplos Oráculos – Beatriz de Paoli
Édipo Rei ou Édipo em Tebas
Personagens do Drama
Prólogo (1-150)
Párodo (151-215)
Primeiro Episódio (216-462)
Primeiro Estásimo (463-511)
Segundo Episódio (513-862)
Segundo Estásimo (863-910)
Terceiro Episódio (911-1085)
Terceiro Estásimo (1086-1109)
Quarto Episódio (1110-1185)
Quarto Estásimo (1186-1222)
Êxodo (1223-1530)
GLOSSÁRIO MITOLÓGICO DE ÉDIPO REI OU ÉDIPO EM TEBAS: ANTROPÔNIMOS, TEÔNIMOS E TOPÔNIMOS – Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Informação adicional
Peso | 0,580 kg |
---|---|
Dimensões | 16 × 23 × 1,4 cm |
Encadernação |
Capa dura |
ISBN |
978-65-5580-086-9 |
Páginas |
200 |
Ano |
2022 |
Edição |
1a edição |
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Autores

Beatriz de Paoli possui graduação em Letras pela Universidade de Brasília (2000), mestrado em Teoria Literária também pela Universidade de Brasília (2004) e Doutorado em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo (2015). É Professora Adjunta de Língua e Literatura Grega na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) durante o biênio 2018-2019. Atualmente é editora associada da Archai – Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental (Cátedra Unesco Archai-UnB) e do Podcast Archai (Cátedra Unesco Archai-UnB). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Clássicas, pesquisando principalmente os seguintes temas: adivinhação, sonhos e tragédia grega.

José Antonio Alves Torrano (Jaa Torrano) fez a graduação (1971-74) em Letras Clássicas (Português Latim e Grego) na Universidade de São Paulo, onde começou a lecionar Língua e Literatura Grega como auxiliar de ensino na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas em 1975. No Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade São Paulo defendeu o mestrado em 1980 com a dissertação “O Mundo como Função de Musas”, o doutorado em 1987 com a tese “O Sentido de Zeus: o Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo”, a livre-docência em 2001 com a tese “A Dialética Trágica na Oresteia de Ésquilo” e desde 2006 é professor titular de língua e literatura grega. Em 2000 foi professor visitante na Universidade de Aveiro (PT). Como bolsista pesquisador do CNPq traduziu e estudou todas as tragédias supérstites de Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Publicou os livros: 1) de poesia: A Esfera e os Dias (Annablume, 2009), Divino Gibi: Crítica da Razão Sapiencial (Annablume, 2017); 2) de ensaios: O Sentido de Zeus: o Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo (Roswitha Kempf, 1988/ Iluminuras, 1996), O Pensamento Mítico no Horizonte de Platão (Annablume, 2013), Mitos e Imagens Míticas (Córrego, 2019); e 3) de estudos e traduções: [Hesíodo] Teogonia a Origem dos Deuses (Roswitha Kempf, 1980/Iluminuras, 1991), [Ésquilo] Prometeu Prisioneiro (Roswitha Kempf, 1985), [Eurípides] Medeia (Hucitec, 1991), [Eurípides] Bacas (Hucitec, 1995), [Ésquilo] Oresteia: I Agamêmnon, II Coéforas, III Eumênides (Iluminuras, 2004), [Ésquilo] Tragédias: Os Persas, Os Sete contra Tebas, As Suplicantes, Prometeu Cadeeiro (Iluminuras, 2009), [Eurípides] Teatro Completo (e-book, 3 vols. Iluminuras, 2015, 2016, 2018), [Platão] (com Irley Franco) O Banquete (PUC-Rio/Loyola, 2021), [Sófocles] Tragédias Completas: I Ájax, II As Traquínias (Ateliê, 2022). Além disso, publicou estudos sobre literatura grega clássica em livros e periódicos especializados. A publicar: Solidão Só Há de Sófocles (poemas) pela Ateliê Editorial.

Sófocles (Atenas, 496 a.C. – Atenas, 406 a.C.) é considerado um dos grandes representantes do teatro grego antigo e presenciou o período de maior desenvolvimento cultural de Atenas. Viveu sempre nesta cidade-estado e lá morreu, nonagenário, por volta de 406/405 a.C. É o segundo dos três poetas trágicos canônicos, pois suas obras são posteriores às de Ésquilo e anteriores às de Eurípedes. Foi ainda em vida o mais bem-sucedido autor de tragédias do século V a.C. e os testemunhos antigos atribuem ao autor cerca de 120 tragédias e dramas satíricos, dos quais somente sete tragédias chegaram até nós na íntegra.
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