Descrição
Livro 1
Livro 2
Livro 3
Livro 4
Livro 5
Livro 6
Livro 7
Livro 8
Livro 9
Livro 10
Livro 11
Livro 12
Posfácio
Bibliografia
Sobre o Tradutor
R$ 74,00
Se há um autor que tem sobrevivido ao teste do tempo, da Antiguidade até o século XXI, este autor é Marco Valério Marcial (c. 38-104). Isso a despeito de ter se especializado no epigrama, um gênero considerado inferior, marginal e menor. Além de grande artífice do verso, Marcial é extremamente moderno ao prenunciar aspectos de nossa sociedade do espetáculo, de comunicação instantânea (como os 140 caracteres do Twitter), do trash, do consumo (onde tudo está à venda), da superficialidade, exibicionismo, da cultura da imagem, do culto ao corpo, do bombardeamento da mídia, redes sociais e culto às celebridades. Se ele acabou sendo obscurecido por outros autores clássicos por sua obscenidade, mais um motivo para que Marcial seja resgatado para os leitores de hoje.
Crítico ácido da sociedade, exímio humorista, ele mesmo construiu uma persona, complexa e contraditória, se vangloriando em vários poemas de ser uma estrela social, famoso em vida, conhecido em toda Roma, e lido até mesmo por um centurião nos confins do império. Um tema preferido, no qual o poeta é hors concour, são práticas e comportamentos sexuais. Outros temas que Marcial toca continuam atuais e mostram a diversidade e imutabilidade da natureza humana: hipocrisia, corrupção, pretensão, egoísmo, vaidade, crueldade, embora a importância da amizade, a afirmação da vida, o humor, a capacidade de se emocionar e a sabedoria da natureza não tenham sido esquecidos. O presente volume apresenta 219 epigramas de Marcial, em edição bilíngue.
Tradução: Rodrigo Garcia Lopes
Projeto Gráfico: Gustavo Piqueira e Samia Jacintho / Casa Rex
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Posfácio
Bibliografia
Sobre o Tradutor
Peso | 0,480 kg |
---|---|
Dimensões | 14 × 20,8 × 1,2 cm |
Ano |
2019 |
Edição |
2ª edição |
Encadernação |
brochura |
ISBN |
978-85-7480-840-6 |
Páginas |
224 |
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Marco Valério Marcial, ou Marcus Valerius Martialis nasceu em Bílbilis (norte da Espanha, então província do império romano), no mês de março, entre 38 e 41, cinco ou nove anos depois da morte de Jesus Cristo. O nome indica que o poeta já nasceu um cidadão romano. Roma estava quase no seu ápice e atraía milhares de pessoas de todos os lugares. Marcial, aos 23 ou 25 anos, foi para Roma, em busca de fama e fortuna. Chegou em 64 d.C., ano do grande incêndio de Roma. O imperador era Nero. O poeta não menciona a catástrofe em nenhuma parte, apesar do fogo ter devastado metade da cidade. Também não menciona a perseguição sistemática dos cristãos iniciada por Nero. Quando Marcial publicou o Livro I já era bastante conhecido em Roma. No período de 86 a 103 d.C. o poeta lançaria mais doze livros de epigramas, onde escreveu com desenvoltura textos mordazes, retratos satíricos, anedotas, quadros, trocadilhos e poemas de ocasião, uma verdadeira crônica de seu tempo e ao mesmo tempo um diário do poeta, considerado o mais original da literatura latina. Retratou com seus epigramas, com ironia e mesmo obscenidade, o cotidiano e as fraquezas da sociedade romana da época. Seus epigramas se tornaram fonte de inspiração inesgotável, tanto para os escritores latinos posteriores como para os renascentistas e os mestres do classicismo.
Rodrigo Garcia Lopes é escritor, poeta, compositor, jornalista e tradutor (Walt Whitman, Arthur Rimbaud, Sylvia Plath, Laura Riding, entre outros). Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina, é autor de 15 livros (poesia, entrevistas, tradução e romance). Desde 2002 edita, com Marcos Losnak e Ademir Assunção, a revista de literatura e arte Coyote. [Foto: Elisabete Ghislene]
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