Era no Tempo do Rei – Atualidade das Memórias de um Sargento de Milícias
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Quem leu as Memórias de um Sargento de Milícias na escola talvez guarde na lembrança o frescor da narrativa e a vivacidade das personagens. E não sem razão: é difícil resistir à simpática irreverência do protagonista, o malandro e brasileiríssimo Leonardo. Cômico e realista, o romance é geralmente tido como um retrato literário do Brasil festivo e conciliatório. Pois bem, este estudo que o leitor tem em mãos nos revela um Sargento de Milícias bem diferente. Era no Tempo do Rei se volta para o avesso da simpatia malandra e investiga o substrato conflituoso das relações interpessoais que vigoram no mundo ficcional e na sociedade brasileira oitocentista. Trata-se de demonstrar que a sociabilidade manifestada nas relações, combinando afabilidade e violência, configura um “espírito rixoso” que impulsiona os comportamentos. Este o seu principal achado: uma estrutura de rixas que comanda a narrativa e formaliza a matéria histórica brasileira de maneira insuspeitada, pois é na guerra pelo trabalho que Edu Teruki Otsuka descobrirá o fundamento social da lógica rixenta que o ritmo do romance estiliza.
Descrição
Agradecimentos
Introdução
1. Questões Preliminares
“Era no Tempo do Rei” (I)
Caracterização da Prosa
“Era no Tempo do Rei” (II)
Tipos, Desenvolvimento, Repetições
Fundamentos Histórico-sociais
2. O Mundo das Relações
Homens Livres Pobres
Empenhos e Cartuchos
O Agregado
3. Dinâmica Narrativa e seu Motor
Vinganças em Moto-contínuo
Espírito Rixoso
Compensações Imaginárias
Guerra Civil do Trabalho
4. Peculiaridades e Implicações Formais
Configuração da Subjetividade
Problemas do Realismo
História e Nacionalismo
5. Desfecho
Desfecho Narrativo, Nó Ideológico
Depois do Fim
6. Considerações Finais
Limites da Malandragem
Forma e Irrealização
EXCURSOS
1. Balanço da Crítica
2. Manuel Antônio de Almeida e a Escravidão
Bibliografia
Informação adicional
Peso | 0,450 kg |
---|---|
Dimensões | 12,5 × 20,5 × 2 cm |
ISBN |
978-85-7480-748-5 |
Páginas |
216 |
Edição |
1ª |
Ano |
2016 |
Encadernação |
brochura |
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Autores

Edu Teruki Otsuka é professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e autor de Marcas da Catástrofe: Experiência Urbana e Indústria Cultural em Rubem Fonseca, João Gilberto Noll e Chico Buarque (2001).
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