Extravio Marinho
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Por detrás da superfície polida e eventualmente polidíssima deste Extravio Marinho, apercebe-se um mundo em explosão ou sempre prestes a explodir, como que em volição magmática, um mundo próprio para vulcanologistas, por assim dizer. Não pense o leitor que nesse ambiente marinho encontrará apenas gaivotas e conchinhas e marolas, que sí las hay; prepare-se, sobremodo, a surfar por empinadas crestas de ondas, e não se esqueça de que por debaixo do espelho do mar escondem-se as maiores fossas do globo, e que submersos são os maiores e mais letais vulcões. Tudo longe da vista, mas, por verdadeiro, mais perto do coração. – [Horácio Costa]
Descrição
Portal das Noivas
- Portal das Noivas, Catedral de Bremen, e o Weser Nada Longe
- Nave do Meio, Staatsbibliothek
- Um Píer sobre o Spree
- Fala Abrevia Prévia
- Eros e Psique
- Acrônico, in loco
- Le Pont Mirabeau, Missiva
- Alta Noite Ancora (Outra Alba)
Deep Play
- Deep Play 09/07/06
Paisagem sem Figuras
- Clareira, Outono
- De um Outro Sertão, a se Rastrear
- Salina, Outro Fragmento em Papel
- Hombroich, Ainda Thomas Kling
- Lesum, Vaga a Terra
- Aquém do Lethe, o que se Lembra
- Fio Corre Esquivo e Nó É Escrita Desatada
- Paisagem Saxônica (Sumi-e)
- Seu Duplo, Meu Próprio
Expurgos
- Da Soledad Primera, o que Góngora suprimiu por sugestão do humanista Pedro de Valencia, que não considerava o símile rio/discurso suficientemente elevado para o grande estilo
- Algo de Eliot que Pound eliminou de The Waste Land
- Paisagem que precede o juramento de Othello (III.3) no Fólio, suprimida do Quarto
- Versão abreviada da morte de Ophelia no Quarto1 (1603) de Hamlet, ampliada no Quarto2 (1605) e no Fólio1 (1623)
- Expansões de “A orla do sol cai; logo as estrelas saem”, verso 199 de Rime of the Ancient Mariner, de S. T. Coleridge
- Fragmentos de um tiposcrito de James Joyce de 1923, em torno de Tristão e Isolda, parcialmente reinserido no capítulo II.4. de Finnegans Wake
- Poema de Paul Celan datado de 10/04/1966 e excluído do livro Sonnenfaden (um título que se poderia traduzir como Sóis-a-Fio)
Luz-à-Luz
- Luz-à-Luz (princípio de poema inacabado)
Transumância
- Transumância, Arabesco
- Reescrita
- De um relevo bizantino sírio, século V ou VI, onde figura Simeão, o Estilita, hoje exposto entre dois braços do Spree
- Órfico Mais um Périplo
Terrenos Dísticos
- Terrenos Dísticos (para Poucas Vozes)
Posfácio
- Extravio Marinho para Vulcanologistas — Horácio Costa
Informação adicional
Peso | 0,390 kg |
---|---|
Dimensões | 15 × 25 × 0,7 cm |
ISBN |
978-85-7480-500-9 |
Páginas |
88 |
Edição |
1ª |
Ano |
2010 |
Encadernação |
Capa dura |
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Autores

Simone Homem de Mello é escritora e tradutora literária. Estudou Letras (Anglo-Germânicas e Latinas) na Universidade de São Paulo, fez mestrado em Literatura Alemã na Universidade de Colônia (Alemanha) e doutorado em Estudos da Tradução na Universidade Federal de Santa Catarina. Durante seu período de vida na Alemanha (nas cidades de Colônia e Berlim), de 1993 a 2010, trabalhou como autora, dramaturgista, libretista de ópera, tradutora e redatora. Escreveu libretti para as óperas Orpheus Kristall (música: Manfred Stahnke, Biennale für Neues Musiktheater, Munique, 2002), Keine Stille außer der des Windes (Nem Silêncio senão o do Vento, música: Sidney Corbett, Bremer Theater, 2007), UBU – eine musikalische Groteske (música: Sidney Corbett, Musiktheater im Revier, Gelsenkirchen, 2012). Seus poemas em português estão reunidos nos livros Périplos (São Paulo, Ateliê Editorial, 2005), Extravio Marinho (São Paulo, Ateliê Editorial, 2010), Terminal, à Escrita (São Paulo, Lumme Editor, 2015) e em antologias brasileiras e estrangeiras de poesia contemporânea. Como tradutora, dedica-se especialmente à poesia moderna e contemporânea de língua alemã e à obra do escritor austríaco Peter Handke. Coordenou, de 2012 a 2014, o Centro de Referência Haroldo de Campos no museu Casa das Rosas, onde hoje atua como pesquisadora de acervo. Desde 2011, coordena o Centro de Estudos de Tradução Literária do museu Casa Guilherme de Almeida. Suas últimas publicações são Augusto de Campos – Poesie (antologia traduzida para o alemão, Selo Demônio Negro, 2019), Haroldo de Campos Tradutor e Traduzido (coorganização, Editora Perspectiva, 2019), Editando o Editor – Guilherme Mansur (Edusp, 2018) e Histórias em Imagens e Versos – Wilhelm Busch Traduzido por Guilherme de Almeida (crítica literária, Ateliê Editorial, 2017).
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