Modernidade entre Tapumes, A
R$ 158,00
A tendência neoclássica na lírica do pós-guerra de Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima e Augusto Meyer é examinada aqui com base nos paradigmas internacionais e por meio do confronto com o programa da Geração de 45, a fim de se refletir sobre a lógica da dinâmica histórica e o sentido desses retornos, comumente interpretados como resposta à conversão das conquistas modernistas em convenção, levando à perda de sua eficácia estética e de seu alcance crítico. O encerramento dessa voga neoclássica toma por baliza o poema drummondiano dedicado à demolição emblemática de um marco arquitetônico de 1910 para abrir espaço a um novo. Os destroços figuram como alegoria das contradições que cercam o processo de modernização periférica no Brasil.
Descrição
Agradecimentos
Introdução
I. No Atoleiro da Indecisão: Brejo das Almas e a Crise Ideológica dos Anos 1930
O que Havia de Inquieto por sob as Águas Calmas?
O Contexto da Indecisão: Polarizações Ideológicas na Década de 1930
Indecisão Amorosa
A Poética da Indecisão
II. Figurações Espaciais e Mapeamentos na Lírica Social de Drummond
A Cartografia Lírico-Social de Sentimento do Mundo
Metrópole e Mapeamento Cognitivo como Estratégia Desalienadora
“Elegia 1938” e a “Visão Desideologizada do Esforço”
“O Operário no Mar” e a Distância Social
A Clausura de José
A Rosa do Povo: A Rua, a Caminhada, a Marcha
III. Tradição, Modernidade e Neoclassicismo: Um Diagrama da Lírica do Pós-Guerra
Vertentes Neoclássicas em Dois Contextos: Europeu e Latino-Americano
Perfil de uma Geração ou Grupo
Questões de Forma e Estilo
Reposição de Formas Fixas: O Soneto
O Universalismo dos Temas e o Recuo em Relação à Cena Urbana Moderna
Relações com a Modernidade e a Tradição
Em Busca do Leitor
Contradições do Contexto Político da Classicização
IV. O Aerólito e o Zelo dos Neófitos: Sérgio Buarque e a Crítica do Período
New Criticism: Impasses, Contradições e Limitações Teórico-Metodológicas
Origem Social, Ideologia e Inserção Acadêmica do “Bando Sulino”
Um Confronto com o “Pai da Nova Crítica” no Brasil
Estética versus Crítica e História Literárias
Uma Aproximação Polêmica: A Geração de 45 e a Nova Crítica
V. Paradigmas do Poético: Eliot, Valéry, Rilke
Em Torno da Recepção das Ideias Críticas de Eliot
Considerações sobre a Recepção Poética e Crítica de Valéry
Adendo à Recepção Poética de Rilke
VI. Da Terra Devastada à Tempestade: A Recepção Poética de Eliot
VII. Da Tensão Moderna Entre o Eterno e o Transitório ao Tópos da Perenidade do Canto
Polêmicas em Torno da Tese Baudelairiana da Modernidade
Modernistas Classicizados e a Tensão entre o Permanente e o Provisório
Os Poetas de 45 e a Reposição da Tópica Horaciana
VIII. Orfeus e Anfions
O Lugar e o Papel do Poeta: Orfeu como Mito Civilizador
O Despedaçamento Órfico como Emblema da Conversão Neoclássica dos Modernistas
Do Despedaçamento Órfico à Dimensão Apolínea do Mito
O Canto Restaurador do Músico-Arquiteto
Orfeu Dividido e a Rosa Trismegista
Variantes Órficas: Do Engenheiro Noturno ao Funâmbulo
Nota sobre a Variante Anfiônica de Cabral
Morte versus Sobrevida (Agônica) do Mito Civilizador
IX. Sôbolos Rios, Sôbolos Oceanos: Do Marão ao Mundaú e ao Arpoador. Lima e Meyer
Molhado de Dois Rios: Lima e Mundaú
Meyer, do Arpoador a Muito Além da Taprobana
X. Conversão Neoclássica e Legado Modernista nos Sonetos Brancos, de Murilo Mendes
Alegorias Femininas e o Torneio Cruel das Palavras
Mutações de um Tópos Modernista
O Poeta como Filho Pródigo e como Arlequim
XI. Dantas Motta e o Velho Chico: A Revitalização da Elegia em Contexto Neoclássico
Em Qual Geração?
A Gênese do Projeto das Elegias e o Diálogo Epistolar com Drummond
Narrativa Etiológica e Contradições Ideológicas
Amós e a “Memória que Tudo Dita”
Um Outro Rio… Com Discurso!
XII. “A um Hotel em Demolição”: A Modernidade Entre Tapumes
A Imaginação Poética Entre a Representação Histórica e a Reflexão Filosófica
O Tardo e Rubro Alexandrino Decomposto
Entre Parnasianos e Concretos
A “Ânsia de Acabar” sem o “Termo Veludoso das Ruínas”
“…E É Apenas Caminho e Sempre Sempre…”
Referências Bibliográficas
Informação adicional
Peso | 1,380 kg |
---|---|
Dimensões | 18 × 25,5 × 3 cm |
Edição |
1ª edição |
Encadernação |
brochura |
ISBN |
978-65-5580-008-1 |
Páginas |
592 |
Ano |
2020 |
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Autores

Vagner Camilo, professor associado de Literatura Brasileira na USP, autor de Drummond: da Rosa do Povo à Rosa das Trevas (Ateliê Editorial/Prêmio ANPOLL 2000 de Literatura, 2001) e Risos entre Pares: Poesia e Humor Românticos (Edusp/Fapesp/ Imprensa Oficial, 1997), além de diversos ensaios sobre poesia brasileira dos séculos XIX e XX. É um dos organizadores de O Sino e o Relógio: uma Antologia do Conto Romântico (Carambaia, 2020) e de Monólogo Dramático e Outras Formas de Ficcionalização da Voz Poética (Editora da UnB/Ed. Pontes, 2020).
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