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O poeta Antônio Nobre retratou como poucos a alma do povo português. Prosaica e cotidiana, sua obra está repleta de referências ao universo pessoal e familiar. A presença desses traços autobiográficos, longe de redundar em personalismo, reforça a leitura contemplativa que o autor faz da cultura popular lusitana. No estudo introdutório, Annie Gisele Fernandes e Helder Garmes narram detalhes da curta vida de Antônio Nobre e comentam a recepção de sua obra pelos críticos e pelo público.
Apresentação e Notas: Annie Gisele Fernandes & Helder Garmes (USP)
Ilustrações: Marcelo Salum
Descrição
Antônio Nobre
Só
- Memória
Antônio
- Antônio
Lusitânia no Bairro Latino
Entre Douro-e-Minho
- Purinha
- Canção da Felicidade
- Para as Raparigas de Coimbra
- Carta a Manoel
- Saudade
- Viagens na Minha Terra
- Os Figos Pretos
- Os Sinos
Lua-Cheia
- Da Influência da Lua
- D. Enguiço
- O Meu Cachimbo
- Balada do Caixão
- Febre Vermelha
- Poente de França
- À Toa
- Ao Canto do Lume
Lua Quarto-Minguante
- Os Cavaleiros
- A Vida
- Adeus!
- Ladainha
- Fala ao Coração
- Menino e Moço
- O Sono de João
Sonetos
- Em horas que lá vão, molhei a pena
- Em certo Reino, à esquina do Planeta
- Na praia lá da Boa Nova, um dia
- Ó Virgens que passais, ao Sol-poente
- Íamos sós pela floresta amiga
- Os meus pecados, Anjo! Os meus pecados!
- Meus dias de rapaz, de adolescente
- Poveirinhos! meus velhos Pescadores!
- Quando vem Junho e deixo esta cidade
- Longe de ti, na cela do meu quarto
- Altos pinheiros septuagenários
- Não repararam nunca? Pela aldeia
- Falhei na vida. Zut! Ideias caídos!
- Vou sobre o Oceano (o luar de lindo enleva!)
- O meu beliche é tal qual o bercinho
- Aqui, sobre estas águas cor de azeite
- Vaidade, meu Amor, tudo Vaidade!
- E a Vida foi, e é assim, e não melhora
Elegias
- A Sombra
- Pobre Tísica!
- S.ta Iria
- Enterro de Ofélia
- Na Estrada da Beira
- Ca (ro) Da (ta) Ver (mibus)
- Certa Velhinha
Males de Anto
- Males de Anto
Despedidas
Sonetos
- Lógica
- Ao Cair das Folhas
- Não me esqueço de si, minha Mãe, fora
- Nossos amores foram desgraçados
- Placidamente, bate-me no peito
- Aparição
- Todas as tardes, vou Léman acima
- Léman azul, que, mudo e morto, jazes
- Em St. Maurice (aqui perto) há um convento
- Senhora! A todas as novenas ides
- Há já duzentos sóis, há quatro luas
- Monólogo d’Outubro
- Pedi-te a fé, Senhor! Pedi-te a graça
- O mar que embala, ás noites, o teu sono
- Mamã
- Há vinte anos já, que andas na Terra
- Riquinha
- O Teu Retrato
- Sestança
- Emílias
- O coração dos homens com a idade
- O Senhor, cuja Lei é sempre justa
- Adeus a Constança
- Antes de Partir
- Meu pobre amigo! Sempre silencioso!
Outras Poesias
- Eu chegara da França uns quatro dias antes
- Ladainha da Suíça
- Confissão Duma Rapariga Feia
- Afirmações Religiosas
- Ares da Andaluzia
- Contas de Rezar
- A Ceifeira
- Sensações de Baltimore
- Ao Mar
- Dispersos
O Desejado
- [Prefácio] de José Pereira Sampaio
- Lisboa à beira-mar, cheia de vistas
- Ainda bem, Senhor! Que deste a Noite ao Mundo
- Era uma vez, o moço Anrique que vivia
- Senhora minha, perdão
- Vai alta a Lua branca, serena, silenciosa
- Morrera já o Sol; os altos castanheiros
- Ó Senhora d’altas Esferas!
- Vem entrando a barra a galera “Maria”
- Só as entende (capitães, não as sentis)
- Ó Lisboa! Num século bem perto
- Lá vem, lá vem minha Amada
- Já se ia em pleno dia. Pela cidade os galos
- – Quatorze luas já foram passadas
- Saí, um dia a barra à procura de glória
- – Quem é, Teresa, que bate à porta?
- Por uma tarde de chuvinha miúda e vento
- Anrique, até que enfim cedes às mágoas!
Bibliografia Básica
Vocabulário Auxiliar
Informação adicional
Peso | 0,570 kg |
---|---|
Dimensões | 12 × 18 × 1,6 cm |
ISBN |
978-85-7480-463-7 |
Páginas |
448 |
Edição |
1ª |
Ano |
2009 |
Encadernação |
Brochura |
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Autores

Antônio Pereira Nobre (1867-1900), foi poeta, cuja obra se insere nas correntes ultrarromântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na ressurgência dos valores pátrios) da geração do fim do século XIX português. A sua principal obra, Só (1892) é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjetivismo, mas simultaneamente suavizada pela presença de um fio de autoironia e pela utilização do discurso coloquial. Sua produção poética se insere nos cânones do Simbolismo francês. A sua principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais coloquial. Faleceu com apenas 32 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar. O livro de poesia Só foi sua única obra publicada em vida, constitui um dos marcos da poesia portuguesa do século XIX. Esta obra seria, ainda em sua vida, reeditada em Lisboa, lançando definitivamente o poeta no meio cultural português. Lançada num período em que o simbolismo era a corrente dominante na poesia portuguesa, Só diferencia-se dos cânones dominantes desta corrente, o que poderá explicar as críticas pouco lisonjeiras com que a obra foi inicialmente recebida em Portugal. Apesar desse acolhimento, a obra de António Nobre teve como mérito de influenciar decisivamente o Modernismo português e tornar a escrita simbolista mais coloquial e leve.
Hélder Garmes é professor livre-docente na Universidade de São Paulo, onde desenvolve trabalhos com enfoque nos estudos comparados de literaturas de língua portuguesa, em diversos períodos históricos.
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