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Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá

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O velho Rio de Janeiro se desfigurava com a modernização urbana do início do século XX. Com ela, os valores tradicionais também se transformavam. Gonzaga de Sá é atingido pelas drásticas mudanças. Sua inadaptação o leva a questionar criticamente o que vê, sente e pensa. A vida desse obscuro funcionário, culto e sensível, em meio à mediocridade de um poder público ridículo e nefasto, bem como de uma sociedade frívola e hipócrita, é marcada por longas caminhadas pelas ruas da cidade, a contemplar a rápida destruição da paisagem urbanística antiga e a meditar sobre o surgimento de um mundo em que a alienação humana mais e mais se acentuava, um mundo em que não encontrava mais lugar para si. A Coleção Clássicos Ateliê publica esta nova edição do romance Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto, com texto fidedigno, depurado e estabelecido com o rigor exigido pela metodologia da crítica textual. Um minucioso e lúcido estudo sobre o romance, exclusivo desta edição, é assinado por Marcos Scheffel. Mestre em literatura brasileira, doutor em teoria da literatura, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista na obra de Lima Barreto, Marcos Scheffel, além da leitura analítica e interpretativa de seu ensaio de apresentação da obra, esclarece e comenta aspectos do texto, com proficiência e pertinência, por meio de cerca de quatrocentas notas explicativas.Sugestivas ilustrações do artista plástico Kaio Romero também enriquecem esta edição, com que a Ateliê Editorial homenageia o célebre escritor carioca e, com orgulho, oferece aos leitores. [José de Paula Ramos Jr.]

Apresentação e Notas: Marcos Scheffel

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Descrição

Descrição

Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá – Possibilidades Éticas e Estéticas do Romance Moderno Brasileiro – Marcos Scheffel

VIDA E OBRA DE M. J. GONZAGA DE SÁ

Advertência

Explicação Necessária

I. O Inventor e a Aeronave

II. Primeiras Informações

III. Emblemas Públicos

IV. Petrópolis

V. O Passeador

VI. O Barão, as Costureiras e Outras Coisas

VII. Pleno Contato

VIII. O Jantar

IX. O Padrinho

X. O Enterro

XI. Era Feriado Nacional…

XII. Últimos Encontros

Anotações para o Romance – 1906

Lima Barreto: Nota Biográfica

Notas

Referências Bibliográficas

Informação adicional

Informação adicional

Peso 0,480 kg
Dimensões 12 × 18 × 1,3 cm
Ano
Google
Capa Manchada
ISBN
Pginas
Encardenao
Encadernao
Edio
Cdigo Interno
Ano

2017

Código Interno

652

Edição

Encadernação

brochura, costurado

ISBN

978-85-7480-765-2

Páginas

264

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Autores

Autores

Kaio Romero

Artista plástico, ilustrou vários títulos da Coleção Clássicos Ateliê. O trabalho de Romero busca de novos significados e formas para linhas e cores, a fim de dialogar com o conteúdo. Ele utiliza mecanismos da repetição, do recorte e da colagem de textos literários para narrar a decadência do orgulho indígena. No seu livro, o personagem do velho índio é incitado a Ver, ver de ver, ver de perceber, ver de penetrar nas entranhas das coisas, ver de enxergar o essencial. Parte da pesquisa que o artista fez para chegar ao formato desejado teve como fonte as obras de artesanato popular dos povos latino-americanos expostas no Pavilhão da Criatividade. Paulista, de formação europeia em digital designer, Kaio Romero já expôs em Londres, Nova York, Berlim e São Paulo.

Lima Barreto

Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), mais conhecido como Lima Barreto, foi jornalista, escrevendo também para alguns periódicos anarquistas do início do século XX, e um dos mais importantes escritores brasileiros. O seu pai foi tipógrafo. Aprendeu a profissão no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o periódico A Semana Ilustrada. A sua mãe foi professora e faleceu quando ele tinha apenas 6 anos. O viúvo João Henriques trabalhou muito para sustentar os quatro filhos do casal. João Henriques era monarquista, ligado ao Visconde de Ouro Preto, padrinho do futuro escritor. Talvez as lembranças saudosistas do fim do período imperial no Brasil, bem como as remotas lembranças da Abolição da Escravatura na infância tenham vindo a exercer influência sobre a visão de mundo do autor. Lima Barreto foi o crítico mais agudo da época da República Velha no Brasil, rompendo com o nacionalismo ufanista e expondo as mazelas da República. Em sua obra, de temática social, privilegiou os pobres, os boêmios e os arruinados. Foi severamente criticado por escritores contemporâneos por seu estilo despojado e coloquial, que acabou influenciando os escritores modernistas. Fiel ao modelo do romance realista, resgatando as tradições cômicas, carnavalescas e picarescas da cultura popular, queria que a sua literatura fosse militante. Escrever tinha finalidade de criticar o mundo circundante para despertar alternativas renovadoras dos costumes e de práticas que, na sociedade, privilegiavam pessoas e grupos. [Foto: Instituto Moreira Salles]

Marcos Scheffel

Marcos Scheffel

Marcos Scheffel é professor da Faculdade de Educação da UFRJ, onde ministra as disciplinas de Didática e Prática de Ensino de Português e suas literaturas. Entre 2008 e 2013, foi professor do Curso de Letras da Universidade Federal do Amazonas, Campus de Humaitá, onde ministrou as disciplinas de Literatura Brasileira e Teoria da Literatura. Suas pesquisas de mestrado e doutorado foram sobre a obra de Lima Barreto. Nessa fase, procurou estabelecer as relações entre a escrita do diário e as crônicas do autor com seu projeto literário-ficcional. Do contato com a produção literária do início do século XX, expandiu sua área de interesse para os cronistas brasileiros da virada do século XIX e início do século XX. Nesses últimos trabalhos, procurou entender o estabelecimento da crônica e as relações do gênero com as representações da modernidade tanto no plano literário como social. Na condição de professor de Didática de Português e Literaturas, procurou refletir a respeito do ensino de literatura em uma sociedade pós-literária e marcada pela forte presença de novas gestualidades de leitura.

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