“Desde minha infância lido com livros. Gosto de vê-los enfileirados nas prateleiras; gosto de acariciá-los; gosto até mesmo de lê-los”, escreve Herbert Caro. A experiência desse notável tradutor, a quem devemos, entre tantos trabalhos, o desvendamento das letras de Thomas Mann para o nosso vernáculo, traduz o sentimento de muitos ratos de livrarias, de outros tantos passantes, que fazem das livrarias um local de repouso ou de sociabilidade, ou mesmo do leitor apenas interessado em cumprir com dignidade as tarefas do programa escolar. Afinal de contas, não importa com que intensidade vivemos esse momento único de descobertas em meio às estantes dos livros. Interessa pensar, ou sonhar, que haverá sempre uma biblioteca ou uma livraria para nos acolher.
Sobre a bibliodiversidade: editores, livreiros e leitores na cartografia sentimental e nos circuitos culturais da cidade. Por Marisa Midori Deaecto, Patricia Sorel e Lívia Kalil
05
out