Realizado anualmente desde 1994, o Prêmio Literário Biblioteca Nacional contempla autores, tradutores e projetistas gráficos brasileiros, reconhecendo a qualidade intelectual e estética da produção editorial brasileira. Na categoria Tradução, batizada como Prêmio Paulo Rónai, a obra O primeiro livro. A vida muito horrífica do Grande Gargantua, pai de Pantagruel, de François Rabelais, com a tradução de Élide Valarini Oliver, publicada Ateliê Editorial, foi contemplada na terceira colocação. Em primeira e segunda colocações, respectivamente, ficaram Inferno, de Dante Alighieri. Tradução de Emanuel França de Britto, Maurício Santana Dias, Pedro Falleiros Heise (Companhia das Letras), e Sobre a natureza das coisas, de Lucrécio. Tradução de Rodrigo Tadeu Gonçalves (Autêntica).
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A obra de Rabelais, ainda sob o pseudônimo de Alcofrybas Nasier, tem como foco o pai de Pantagruel, o gigante Gargantua. A primeira edição, sem data, pode ter sido publicada em 1534. Na obra, Rabelais conta a estória de Gargantua: seu estranho nascimento pela orelha, sua genealogia, seu apetite gigantesco, sua precocidade, educação, e muito mais em episódios inesquecíveis.
No prólogo, o autor convida o leitor a encontrar o sentido profundo do livro, como um cão que mordendo o osso encontra ali o tutano “substantífico”. O livro está profundamente inserido nas conjunturas sociais de seu tempo e igualmente do mundo de hoje: guerras injustas, intolerância, imperialismo, radicalização religiosa entre conservadores e reformistas, bem como novas propostas para uma educação humanista.
Rabelais escrevia com vários compêndios abertos sobre a mesa. Obra genial, o livro é parte do projeto já concluído e sendo publicado pela Ateliê Editorial, das Obras Completas de Rabelais por Élide Valarini Oliver. A estudiosa põe à disposição do leitor um aparato de leitura que compreende introdução, comentários e notas.