Ájax
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Segundo a Ilíada, de Homero, depois de Aquiles, Ájax é o mais ilustre guerreiro grego na guerra de Troia. Com a morte de Aquiles, Ájax e Odisseu disputam as armas do morto. Odisseu vence a demanda, e Ájax é possuído pela ira. Com sede de vingança, ele decide matar compatriotas que considerava seus inimigos, especialmente Agamêmnon, comandante dos gregos, o irmão dele, Menelau, e o odiado Odisseu. Alucinado, vê no rebanho a imagem de seus desafetos e promove a degola e o massacre do gado. Ao cair em si e constatar o terrível engano, sente vergonha, humilhação e se vê objeto do riso de seus adversários. Por não suportar essas dores, dá cabo da própria vida.
O mito de Ájax ganha admirável versão dramática com a tragédia homônima de Sófocles, que a Coleção Clássicos Comentados, da Ateliê Editorial, associada à editora Mnema, dá ao público, em edição bilíngue, com inspirada tradução de Jaa Torrano, acompanhada de agudos e reveladores estudos do tradutor e de Beatriz de Paoli, bem como de um útil e oportuno Glossário Mitológico de Antropônimos, Teônimos e Topônimos.
Com o lançamento de Ájax, a Ateliê Editorial e a Mnema dão início ao projeto de publicação primorosa das tragédias completas de Sófocles, em sete volumes. [José de Paula Ramos Jr.]
Coleção: Clássicos Comentados
Tradução: Jaa Torrano
Introdução e Notas: Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
Descrição
Sófocles e a Máquina Trágica de Pensar Política – Jaa Torrano
Ajax entre Áte e Atena – Jaa Torrano
O Vaticínio de Calcas em Ajax – Beatriz de Paoli
Ajax
Personagens
Prólogo (1-113)
Párodo (134-200)
Primeiro Episódio, Primeira Parte (302-347)
Kommós (348-429)
Primeiro Episódio: Continuação (430-595)
Primeiro Estásimo (596-645)
Segundo Episódio (646-692)
Segundo Estásimo (693-718)
Terceiro Episódio (719-865)
Epipárodo (866-8780)
Kommós (879-973)
Quarto Episódio (974-1184)
Terceiro Estásimo (1185-1222)
Êxodo (1223-1420)
Glossário Mitológico de Ájax: antropônimos, teônimos e topônimos – Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
Referências Bibliográficas
Informação adicional
Peso | 0,898 kg |
---|---|
Dimensões | 16 × 23 × 2 cm |
Encadernação |
Capa dura |
ISBN |
978-65-5580-063-0 |
Páginas |
184 |
Ano |
2022 |
Edição |
1a edição |
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Autores

Beatriz de Paoli possui graduação em Letras pela Universidade de Brasília (2000), mestrado em Teoria Literária também pela Universidade de Brasília (2004) e Doutorado em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo (2015). É Professora Adjunta de Língua e Literatura Grega na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) durante o biênio 2018-2019. Atualmente é editora associada da Archai – Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental (Cátedra Unesco Archai-UnB) e do Podcast Archai (Cátedra Unesco Archai-UnB). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Clássicas, pesquisando principalmente os seguintes temas: adivinhação, sonhos e tragédia grega.

José Antonio Alves Torrano (Jaa Torrano) fez a graduação (1971-74) em Letras Clássicas (Português Latim e Grego) na Universidade de São Paulo, onde começou a lecionar Língua e Literatura Grega como auxiliar de ensino na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas em 1975. No Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade São Paulo defendeu o mestrado em 1980 com a dissertação “O Mundo como Função de Musas”, o doutorado em 1987 com a tese “O Sentido de Zeus: o Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo”, a livre-docência em 2001 com a tese “A Dialética Trágica na Oresteia de Ésquilo” e desde 2006 é professor titular de língua e literatura grega. Em 2000 foi professor visitante na Universidade de Aveiro (PT). Como bolsista pesquisador do CNPq traduziu e estudou todas as tragédias supérstites de Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Publicou os livros: 1) de poesia: A Esfera e os Dias (Annablume, 2009), Divino Gibi: Crítica da Razão Sapiencial (Annablume, 2017); 2) de ensaios: O Sentido de Zeus: o Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo (Roswitha Kempf, 1988/ Iluminuras, 1996), O Pensamento Mítico no Horizonte de Platão (Annablume, 2013), Mitos e Imagens Míticas (Córrego, 2019); e 3) de estudos e traduções: [Hesíodo] Teogonia a Origem dos Deuses (Roswitha Kempf, 1980/Iluminuras, 1991), [Ésquilo] Prometeu Prisioneiro (Roswitha Kempf, 1985), [Eurípides] Medeia (Hucitec, 1991), [Eurípides] Bacas (Hucitec, 1995), [Ésquilo] Oresteia: I Agamêmnon, II Coéforas, III Eumênides (Iluminuras, 2004), [Ésquilo] Tragédias: Os Persas, Os Sete contra Tebas, As Suplicantes, Prometeu Cadeeiro (Iluminuras, 2009), [Eurípides] Teatro Completo (e-book, 3 vols. Iluminuras, 2015, 2016, 2018), [Platão] (com Irley Franco) O Banquete (PUC-Rio/Loyola, 2021), [Sófocles] Tragédias Completas: I Ájax, II As Traquínias (Ateliê, 2022). Além disso, publicou estudos sobre literatura grega clássica em livros e periódicos especializados. A publicar: Solidão Só Há de Sófocles (poemas) pela Ateliê Editorial.

Sófocles (Atenas, 496 a.C. – Atenas, 406 a.C.) é considerado um dos grandes representantes do teatro grego antigo e presenciou o período de maior desenvolvimento cultural de Atenas. Viveu sempre nesta cidade-estado e lá morreu, nonagenário, por volta de 406/405 a.C. É o segundo dos três poetas trágicos canônicos, pois suas obras são posteriores às de Ésquilo e anteriores às de Eurípedes. Foi ainda em vida o mais bem-sucedido autor de tragédias do século V a.C. e os testemunhos antigos atribuem ao autor cerca de 120 tragédias e dramas satíricos, dos quais somente sete tragédias chegaram até nós na íntegra.
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