Cena Absurdo
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Cena Absurdo, de Pedro Marques, traz poemas com desatinos no meio da vida cotidiana. O aspecto que unifica os poemas é “a denúncia da hipocrisia, do contraditório, da incongruência, que se fazem revelar nas cenas mais corriqueiras: aí reside o desabrochar do absurdo que passa despercebido quando nele estamos inseridos”, escreve Luís Fernando Prado Telles. O inusitado é reforçado pelo projeto editorial, trabalho da Ateliê Editorial com o Estúdio Risco. O livro apresenta clusters sonoros quando dispõe dois ou três poemas na mesma página. Ao longo do volume, flagram-se dez clusters concretos de notas, palavras e vozes simultâneas. O autor expande as fronteiras midiáticas e intelectivas do papel, contando com composições de Juliana Amaral (vocalista dos poemas), Gustavo Bonin e Micael Antunes que reenviam os versos literários à música. A obra, assim, convida à leitura e à audição. Os clusters sonoros podem ser ouvidos por meio do QRCode ou link dispostos na página. Basta teclar ou posicionar à câmera do celular, tablet ou computador. Para Marco Catalão, as vozes “se entrechocam na página, que digladiam, se misturam, se queimam, sem redenção (sem rendição) possível”. Tal experimentação músico-poético gerou o espetáculo a ser visto nos dois lançamentos.
Descrição
Nação Poema
Que tal dançar de novo, lira em cor?
Uma carioquinha remexe a negra do olho
Paulinha Camargo Corrêa: o frasco aberto do verão
Catador: É sucata demais pra caçamba, minha Deusa!
Arena José Oswald de Souza Andrade:
Purguinha estoura que nem vaca brava pela direita
Plantão. 13º DP. 7 de setembro
Meninão de vinte anos
Um tarado está à solta
A armação nos olhos diz que sou intelectual
Papagaio Greenpeace
“Padre, tenho pecado a rodo”
Aula
13: colégio pago integral
E agora, Zé? Devendo
O shopping desarma o punho
O Alambique do Narciso é tomado por placas da Grande São Paulo
Se Édipo resolvesse
E aqui a jaula da mãe do problema
Fim de festa
A loção salta do vidro francês
Basta o casal cruzar o meu caminho
Eu fundei este mundo de departamentos e amebas
Mundo tela plana
Saudade do mundão amanhecido sem porteira
Dom Auau deita e rola preguiça
Na maternidade a vida brota um toró de soro
Ela vem no risinho
Ela vem no risinho
Dois estranhos se medem no trem
Viver um samba absurdamente
Ao nobilíssimo Guitar Player músculos na barreira do som
Tuxo o pé no Ford, Milagre dos Peixes no talo
No carrinho de pipoca lia-se
Venha morar no seu sonho!
Tá ligado aquele mano que pagava de doidão?
Vazão do Éden Supermercado, sujeira na paisagem
Salve, Médica de Negócios
Partiu ônibus para o mar de açúcar
Larga a portaria e sobe, Fabiano!
Estupidamente-correto, café com leite
Fidalgo desposa Maria Cona
Ela detesta a série Tropa de Elite
O vestido corre pelo corpinho feito
De todos os tamanhos eles surgem
Para-choque do homo erectus
Hora de chutar a porta do sistema
Sujeito tomara uns antibióticos
A arte da condução se esfrega longe da paz
Poesia contra a indiferença – Luís Fernando Prado Telles
Clusters sonoros – Juliana Amaral
Agradeço
Sobre o Autor
Informação adicional
Peso | 0,390 kg |
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Dimensões | 21 × 21 × 0,7 cm |
ISBN |
978-85-7480-734-8 |
Páginas |
80 |
Edição |
1ª |
Ano |
2016 |
Encadernação |
Capa dura |
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Autores

Pedro Marques é doutor em Teoria e História Literária pela Unicamp. Editor e colaborador da Revista de Poesia Lagartixa e do site Crítica & Companhia. Organizou a Antologia da Poesia Parnasiana Brasileira e co-organizou a Antologia da Poesia Romântica Brasileira, ambas em 2007. [Foto: acervo pessoal]
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