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Leia um trecho da obra ‘Bíblia, Literatura e Recepção’, publicada pelas editoras Ateliê e Mackenzie

Ateliê Editorial e Editora Mackenzie publicam a obra Bíblia, Literatura e Recepção, organizada pelo teólogo e professor João Leonel. O livro é fruto de projeto de pesquisa financiado pelo Fundo Mackenzie de Pesquisa (MackPesqueisa) e desenvolvido pelo programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UFM). A obra já está à venda no site da Ateliê Editorial (Clique aqui).

Distribuído em três partes – I. Bíblia como Literatura, II. Bíblia e Literatura, III. Bíblia e Recepção – o livro apresenta, além de Leonel, textos dos autores e pesquisadores Anderson de Oliveira Lima, Júlio Paulo Tavares Mantovani Zabatiero, Suzana Chwarts, Ricardo César Toniolo, Thiago Mio Salla, Alex Villas Boas, Cristhiano Aguiar, Thiago Cavalcante Jeronimo, Paulo Augusto de Souza nogueira, Bert Jan Lietaert Peerbolte, Jonathan Luís Hack, Angela Parchen Rasmussen, Paula Almeida Mendes e Carmen Yebra Rovira.

João Leonel possui graduação em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul e em Letras pela Universidade Metodista de São Paulo, mestrado em Ciências da Religião com concentração em Bíblia, pela Universidade Metodista de São Paulo, doutorado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas, pós-doutorado em História da Leitura pelo Centro de História da Leitura pelo Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, Portugal. É professor no Seminário Presbiteriano do Sul e na graduação e pós-graduação em Letras, na Universidade Presbiteriana Mackenzie (atuando na linha de pesquisa: Literatura e Discurso Religioso). Coordena o Núcleo de Estudos Bíblia e Literatura (NEBIL, CNPq). Autor dos livros História da Leitura e Protestantismo Brasileiro (2016); Mateus, o Evangelho (2013); Bíblia, Literatura e Linguagem (2011, com Júlio Zabatiero), entre outros.

Leia um trecho:

CENÁRIO COMO ELEMENTO LITERÁRIO (por João Leonel)

Comecemos a pensar nos cenários de forma mais geral. Nesse sentido, os níveis de sua presença nas narrativas variam, do nível mais básico ao mais profundo. No básico, temos a apresentação de cenários em que personagens atuam, tendo um nível topográfico estável (Galileia, Cafarnaum, Jerusalém, o caminho) – a exegese, em geral, enfatiza esse aspecto. No nível intermediário das funções narrativas, os cenários constituem locais em que os personagens experimentam alegria, tristeza, acolhimento, hostilidade, espaços de difícil ou fácil acesso, locais de bênção ou de sofrimento – os cenários operam como símbolos e cooperam para a criação de sentidos. Por fim, no nível mais profundo dos papéis narrativos, os cenários atuam como personagens – podem, por exemplo, oporem-se a Jesus Cristo, como o faz o mar revolto da Galileia (Mateus 8:23-27).

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