Édipo em Colono
R$ 130,00
Na disputa pelo poder em Tebas, Etéocles e Polinices, filhos de Édipo, expulsam da cidade o pai sob a alegação de que por seus antigos crimes de parricídio e incesto o velho rei, já deposto há muito tempo, poderia ser causa de contaminação e desgraça para o país. Cego, o ancião banido perambula sob os cuidados de sua filha Antígona, até chegar a um local próximo de Atenas, onde o errante andarilho, ao saber que se trata de um bosque dedicado às terríveis deusas Erínies, identifica-o como o lugar em que, de acordo com antigo oráculo, encontraria finalmente paz e repouso. No entanto, os habitantes dessa região chamada Colono, ao conhecerem a identidade do estranho visitante, querem que ele abandone o lugar imediatamente, temerosos de que sua presença – considerada nefasta – atraísse desgraças para a terra e seu povo. O ancião aparentemente desvalido surpreende então ao pedir a presença do rei local para lhe propor uma troca que, se aceita, beneficiaria a todos os habitantes da região de modo permanente e duradouro. Atendendo ao chamado, o rei de Atenas Teseu de imediato reconhece Édipo e o acolhe como hóspede do país. Esse acolhimento, porém, desencadeia um inextricável conflito de interesses entre os representantes de Tebas e de Atenas, renova o doloroso conflito entre Édipo e seus filhos varões, e revela finalmente a dimensão heroica do decrépito rei cego. Sob a perspectiva e no contexto da democracia ateniense do século V a.C., este drama expõe e documenta tanto os antigos valores ainda atuantes da aristocracia tradicional quanto as misteriosas crenças religiosas do próprio autor Sófocles. Com esta edição, completa-se a publicação das sete tragédias supérstites de Sófocles, na tradução poética, metódica e sistemática de Jaa Torrano. Todos os volumes contêm, além do glossário mitológico, ensaios de interpretação do tradutor e de Beatriz de Paoli, tão agudos quanto esclarecedores. As editoras Ateliê Editorial e Mnema orgulham-se desta realização que oferece ao leitor um verdadeiro tesouro da literatura universal. [José de Paula Ramos Jr.]
Coleção Clássicos Comentados
Descrição
Édipo Entre Apolo e Erínies – Jaa Torrano
Édipo, Herói Adivinho – Beatriz de Paoli
Édipo em Colono
Personagens do Drama
Prólogo (1-116)
Párodo (117-253)
Primeiro Episódio (254-667)
Kommós (510-548)
Primeiro Estásimo (668-719)
Segundo Episódio (720-1043)
Segundo Estásimo (1044-1095)
Terceiro Episódio (1096-1210)
Terceiro Estásimo (1211-1248)
Quarto Episódio (1249-1555)
Kommós (1447-1499)
Quarto Estásimo (1556-1578)
Êxodo (1579-1779)
Kommós (1670-1750)
Glossário Mitológico de Édipo em Colono – Antropônimos, Teônimos e Topônimos – Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
Referências Bibliográficas
Informação adicional
Peso | 0,850 kg |
---|---|
Dimensões | 16 × 23 × 1,9 cm |
Ano |
2024 |
Edição |
1a edição |
Encadernação |
Capa dura |
ISBN |
978-65-5580-133-0 |
Páginas |
248 |
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Autores

Beatriz de Paoli possui graduação em Letras pela Universidade de Brasília (2000), mestrado em Teoria Literária também pela Universidade de Brasília (2004) e Doutorado em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo (2015). É Professora Adjunta de Língua e Literatura Grega na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) durante o biênio 2018-2019. Atualmente é editora associada da Archai – Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental (Cátedra Unesco Archai-UnB) e do Podcast Archai (Cátedra Unesco Archai-UnB). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Clássicas, pesquisando principalmente os seguintes temas: adivinhação, sonhos e tragédia grega.

José Antonio Alves Torrano (Jaa Torrano) fez a graduação (1971-74) em Letras Clássicas (Português Latim e Grego) na Universidade de São Paulo, onde começou a lecionar Língua e Literatura Grega como auxiliar de ensino na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas em 1975. No Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade São Paulo defendeu o mestrado em 1980 com a dissertação “O Mundo como Função de Musas”, o doutorado em 1987 com a tese “O Sentido de Zeus: o Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo”, a livre-docência em 2001 com a tese “A Dialética Trágica na Oresteia de Ésquilo” e desde 2006 é professor titular de língua e literatura grega. Em 2000 foi professor visitante na Universidade de Aveiro (PT). Como bolsista pesquisador do CNPq traduziu e estudou todas as tragédias supérstites de Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Publicou os livros: 1) de poesia: A Esfera e os Dias (Annablume, 2009), Divino Gibi: Crítica da Razão Sapiencial (Annablume, 2017); 2) de ensaios: O Sentido de Zeus: o Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo (Roswitha Kempf, 1988/ Iluminuras, 1996), O Pensamento Mítico no Horizonte de Platão (Annablume, 2013), Mitos e Imagens Míticas (Córrego, 2019); e 3) de estudos e traduções: [Hesíodo] Teogonia a Origem dos Deuses (Roswitha Kempf, 1980/Iluminuras, 1991), [Ésquilo] Prometeu Prisioneiro (Roswitha Kempf, 1985), [Eurípides] Medeia (Hucitec, 1991), [Eurípides] Bacas (Hucitec, 1995), [Ésquilo] Oresteia: I Agamêmnon, II Coéforas, III Eumênides (Iluminuras, 2004), [Ésquilo] Tragédias: Os Persas, Os Sete contra Tebas, As Suplicantes, Prometeu Cadeeiro (Iluminuras, 2009), [Eurípides] Teatro Completo (e-book, 3 vols. Iluminuras, 2015, 2016, 2018), [Platão] (com Irley Franco) O Banquete (PUC-Rio/Loyola, 2021), [Sófocles] Tragédias Completas: I Ájax, II As Traquínias (Ateliê, 2022). Além disso, publicou estudos sobre literatura grega clássica em livros e periódicos especializados. A publicar: Solidão Só Há de Sófocles (poemas) pela Ateliê Editorial.

Sófocles (Atenas, 496 a.C. – Atenas, 406 a.C.) é considerado um dos grandes representantes do teatro grego antigo e presenciou o período de maior desenvolvimento cultural de Atenas. Viveu sempre nesta cidade-estado e lá morreu, nonagenário, por volta de 406/405 a.C. É o segundo dos três poetas trágicos canônicos, pois suas obras são posteriores às de Ésquilo e anteriores às de Eurípedes. Foi ainda em vida o mais bem-sucedido autor de tragédias do século V a.C. e os testemunhos antigos atribuem ao autor cerca de 120 tragédias e dramas satíricos, dos quais somente sete tragédias chegaram até nós na íntegra.
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