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Ateliê Editorial publica obra fundamental de Koichi Kishimoto sobre a perseguição de imigrantes japoneses no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial – aproveite a promoção

Ateliê Editorial publica a obra Isolados em um Território em Guerra na América do Sul, de Koichi Kishimoto. Com a tradução de Seisiro Hasizume, notas e caderno fotográfico de Alexandre Kishimoto, capa de Camyle Cosentino e imagem de Zen Garden. A obra relata as histórias de vida da imigração japonesa no Brasil, sendo um retrato memorial da repressão pelos imigrantes japoneses e seus descendentes durante a Segunda Guerra Mundial.

O autor não se limita a descrever as experiências pessoais, segundo o professor e escritor Oscar Nakasato: “Kishimoto era um ótimo ouvinte. Ele recolheu histórias – grande parte nas celas de prisão onde esteve – e as traduziu em dezenas de breves narrativas, muitas vezes pungentes, que testemunham o sofrimento de pessoas que foram injustamente privadas de direitos individuais básicos, como o da expressão de pensamentos, ou que foram perseguidas e presas simplesmente por serem japonesas”. Ele acrescentou ainda “o relato de aproximadamente cinco anos de processo que sofreu com ameaça de cassação do título de naturalização brasileira e de deportação.

O AUTOR

Koichi Kishimoto nasceu em 1898 na cidade de Shibata, província de Nigata, Japão. Chegou ao Brasil no dia 13 de setembro de 1922, com a esposa e uma filha, radicando-se no noroeste do estado de São Paulo, nas proximidades de Promissão. De agricultor, passou a lecionar japonês. Foi para a capital para estudar português. Candidatou-se a uma vaga de professor da escola primária, sendo aprovado. Em 1931, inaugurou o Gyosei Gakuen (Liceu Aurora), que tinha licença para funcionar como escola regular. Naturalizou-se brasileiro. Lançou a revista Koya, em japonês. Além do livro Nambei no senya ni koritsu shite (Isolados em um Território em Guerra na América do Sul), publicou outros 9 livros em japonês, tendo como tema o Japão ou viagens pelo Brasil e América do Sul. Recebeu comendas de Honra ao Mérito do governo japonês, do Instituto Histórico e Geográfico e da Sociedade Geográfica Brasileira. Após seu falecimento em 1977, foi homenageado com o nome de uma rua na Vila Morais, homologado pela Prefeitura do município de São Paulo. No Japão, houve a publicação de um livro sobre sua vida e da versão atualizada do Nambei no senya ni koritsu shite.

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