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Gérard de Nerval: Cinquenta Poemas

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Gérard de Nerval, ao lado de Poe e Baudelaire, é uma das mais estranhas culminâncias da civilização europeia que chega à metade do século XIX. Nos seus poemas, dá-se a um só tempo o esgotamento das formas clássicas, sua constrição e expansão máximas no empenho de expressar arquétipos e mitos essenciais à visão de mundo do seu criador, como o divórcio (ou a viuvez) maior entre os resultados estéticos ou técnicos alcançados e a situação existencial, humana, contingente do poeta. Aquela atinge o ápice de uma glória quase sobrenatural e, desse modo, extravagante, burlesca; este mergulha no inferno depressivo, na tragédia voluntária e inelutável. Mas, ao contrário dos outros dois irmãos gigantes assinalados, que contribuíram ativamente para mudar o rumo da literatura ocidental, imprimindo-lhe a riqueza de um realismo já crítico e fantástico, Nerval se fecha sobre si mesmo, é solitário por excelência, sequer parece considerar tanto a sua contemporaneidade quanto a sua posteridade, e mal se recordaria se não tivesse surgido em terra e língua fecundas, abertas à experiência nova, ao trato original da criação estética.

Descrição

Descrição

Nerval Dispara os “Nervos” e Sai na Frente
A Questão da Bibliografia

Gérard de Nerval – Cinquenta Poemas

Abril
Fantasia
A Avó
Política
O Ponto Negro
As Cidalisas
O Despertar num Carro
Uma Alameda do Luxemburgo
Nossa Senhora de Paris
Na Mata
A Prima
Pensamento de Byron
Alegria
Nobres e Criados
A Posta
O Pôr do Sol
As Borboletas
Coro Subterrâneo
Canção Gótica
Canto das Mulheres na Iliria
El Desdichado
Mirto
Hórus
Ânteros
Délfica
Ártemis
Cristo no Jardim das Oliveiras
I
II
III
IV
V
Versos Dourados
A Cabeça Armada
À Senhora Aguado
Eritreia
A J-Y Collona
À Senhora Ida Dumas
A Helena de Mecklembourg
A Madame Sand
Mirto
Fantasia de Carlos VI
Madame e Soberana
Epitáfio
É uma Mulher o Amor
A Victor Hugo
A Abadia de Saint-Germain-de-Près
Romança
Resignação
Deixa-me!
Melodia Irlandesa

Súmula Biográfica

Informação adicional

Informação adicional

Peso 0,480 kg
Dimensões 18 × 27 cm
Encadernao
ISBN

978-85-7480-659-4

Pginas

144

Edio

Ano

2013

Encardenao

Capa dura

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Autores

Autores

Gérard de Nerval

Gérard de Nerval

Gérard de Nerval (pseudônimo de Gérard Labrunie) (1808-1855) foi escritor francês do século XIX. Entre 1824 e 1827 compõe poesias e sátiras políticas. Em 1827, traduz para o francês o Fausto de Goethe, que é adaptado musicalmente por Berlioz em 1829 (Oito Cenas de Fausto). Em 1831 começa a frequentar o Petit Cénacle, círculo de artistas boêmios, escreve peças de teatro e adota o pseudônimo de Gérard de Nerval, inspirado no nome da propriedade familiar em Mortefontaine que herda mais tarde, em 1834, juntamente com 30000 francos, que aproveita para viajar pelo sul de França e pela Itália. Em 1841 tem um primeiro episódio de psicose em fevereiro e é internado na clínica de Mme Sainte-Colombe. Seguem-se várias internações seguidas de reabilitações e depois de novas recaídas. Entre as alucinações, escreve alguns sonetos das Chimères (incluindo parte de Antéros e Le Christ aux Oliviers). Entre 1843 e 1851 publica várias poesias, novelas e libretos e efetua várias viagens. El Desdichado é publicado no Le Mousquetaire, juntamente com um artigo de Alexandre Dumas revelando a loucura de Nerval. Octavie é também publicado no Le Mousquetaire. Na noite de 25 a 26 de janeiro de 1855 Nerval é encontrado enforcado numa rua escura e gelada de Paris, com os últimos capítulos de Aurélia no bolso.

Mauro Gama

Mauro Gama

O poeta e crítico literário, Mauro Gama, nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Estudou letras clássicas e ciências sociais, em que se licenciou pela UERJ. Estreou em livro com os poemas de Corpo Verbal (1964). Trabalhou como redator de editoras e obras de referência, entre as quais cinco enciclopédias, como a Barsa 1, a Mirador Internacional (onde foi assessor editorial de Otto Maria Carpeaux e Antônio Houaiss) e Barsa 3. Trabalhou na primeira fase do Dicionário Houaiss e colaborou na imprensa carioca, sobretudo em revistas da Bloch, no Jornal do Brasil e O Globo, em cujo caderno “Prosa & Verso”, de vez em quando, ainda resenha livros de literatura. Autoexilado de sua grande e violenta cidade, vive hoje principalmente de lexicografia e traduções, em sua Quinta da Janaína, em Mendes/RJ. Outros livros publicados: Anticorpo (1969) e Expresso na Noite (1982), poemas; José Maurício, o padre-compositor (1983), ensaio; Michelangelo – Cinquenta Poemas (2007: tradução para o português coetâneo e estudo crítico; Prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional) e Zoozona seguido de Marcas na Noite (2008). Mauro Gama tem mais cinco livros de poemas inéditos, dois volumes de crítica e história literária, e muitos cadernos de diário, que escreve há quase 50 anos.                  

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