O Marinheiro
R$ 42,50
“Uma donzela vestida de branco, morta em um caixão, na sala escura de uma mansão sombria, de onde se vê um pedaço de mar por uma janela estreita. Três mulheres misteriosas velam o cadáver e dialogam. As falas são obscuras, herméticas, pois fantasia e imagens enigmáticas mesclam-se de tal modo com a realidade que se torna difícil ou impossível separar sonho de experiência empírica. Tudo remete a uma dimensão simbólica, uma atmosfera fantasmagórica, em que há alusão a um marinheiro indistinto. O Marinheiro, segundo define Fernando Pessoa, é um “drama estático”, constituído por uma única cena. Publicado na revista Orpheu, em 1915, é produção da juventude do autor, quando ele se mostrava próximo da estética do Simbolismo. A edição que agora se apresenta ao leitor, na Coleção Clássicos Ateliê, contém o fac-símile da primeira edição e a transcrição fidedigna do texto, modernizada e anotada por António Apolinário Lourenço, professor doutor da Universidade de Coimbra, que também escreve um alentado estudo da obra, que a decifra e esclarece com agudeza e rigor. [José de Paula Ramos Jr.]
Edição: António Apolinário Lourenço
Coleção Clássicos Ateliê
Descrição
Introdução
Na Gênese de O Marinheiro: O Grupo do Orpheu e o Teatro
“Que Eu Sou É Sobretudo Dramaturgo”. O Fausto de Pessoa
No Umbral do Teatro Estático. Maeterlinck
O Marinheiro
Esta Edição
O Marinheiro: Drama Estático em um Quadro
Fac-Símile de O Marinheiro, Revista Orpheu (1915)
Referências Bibliográficas
Informação adicional
Peso | 0,350 kg |
---|---|
Dimensões | 12 × 18 × 0,8 cm |
Ano |
2023 |
Edição |
1a. edição |
Encadernação |
brochura |
ISBN |
978-65-5580-116-3 |
Páginas |
112 |
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Autores

António Apolinário Lourenço é professor da Universidade de Coimbra e prestigiado estudioso da obra de Fernando Pessoa. Na Universidade de Coimbra, ele coordena a área de Estudos Espanhóis. Integra a Comissão Executiva do Centro de Literatura Portuguesa da mesma universidade. É autor ou editor de vários livros publicados em Portugal e Espanha, entre os quais uma História da Literatura Espanhola (1994, em colaboração com Eloísa Álvarez), uma Historia de la Literatura Portuguesa (2000, coeditor, com José Luis Gavilanes), Identidade e Alteridade em Fernando Pessoa e Antonio Machado (1995), Eça de Queirós e o Naturalismo na Península Ibérica (2005), Estudos de Literatura Comparada Luso-espanhola (2005), Fernando Pessoa (2009), Guia de Leitura. Mensagem de Fernando Pessoa (2011), Literatura, Espaço, Cartografias (2011, coeditor, com Osvaldo Manuel Silvestre), Poderes y Autoridades en el Siglo de Oro: Realidad y Representación (2012, coeditor com Jesús M. Usunáriz) e O Século do Romance. Realismo e Naturalismo na Ficção Oitocentista (2013, coeditor com Maria Helena Santana e Maria João Simões).

Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935) foi o mais universal poeta português. Como foi educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Enquanto poeta, escreveu sobre diversas personalidades (heterônimos), sendo os mais conhecidos: Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
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