Descrição
Policarpo Quaresma como Caricatura de uma Ideia de Brasil – Ivan Teixeira
Nota Sobre o Texto
Triste Fim de Policarpo Quaresma
Notas
R$ 59,00
[Lista UEA 2024] Quando este romance estreou, em 1915, nossa literatura oscilava entre o conservadorismo do século XIX e as inovações do XX. Nesse contexto, o personagem Policarpo Quaresma encarna o nacionalismo tardio, uma alegoria de Lima Barreto contra o idealismo romântico. O autor satiriza o presidente Floriano Peixoto e a burocracia estatal, que simbolizam o início da República – celebrada como progressista, mas estruturalmente arcaica.
Apresentação: Ivan Teixeira (USP)
Notas: Ivan Teixeira e Gustavo Martins
Ilustrações: Paulo Batista
Policarpo Quaresma como Caricatura de uma Ideia de Brasil – Ivan Teixeira
Nota Sobre o Texto
Triste Fim de Policarpo Quaresma
Notas
Peso |
0 , 430 kg |
---|---|
Dimensões |
12 × 18 × 1 , 9 cm |
ISBN |
978-85-7480-704-1 |
Páginas |
320 |
Edição |
2ª ed. , 1a. reimpressão |
Ano |
2020 |
Encadernação |
Brochura , ilustrado |
Gustavo Martins é jornalista formado pela Universidade de São Paulo e autor de Uma Estranha Pessoa, Gustavo e Marina, A Ilha do Tesouro, Um Conto Nada Científico, A Arca de Noésio e Fábulas para o Ano 2000, estes dois últimos pela Ateliê Editorial. Atualmente trabalha como roteirista de cinema e televisão.
Ivan Teixeira foi mestre e doutor em literatura brasileira pela USP, e professor livre-docente da Escola de Comunicações e Artes da mesma Universidade. Foi full professor na Universidade do Texas em Austin. Escreveu, entre outros, Apresentação de Machado de Assis e Mecenato Pombalino e Poesia Neoclássica. Concebeu e codirigiu a coleção “Clássicos Ateliê” por muitos anos, até quando veio a falecer. Organizou Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente; Os Lusíadas – Episódios, de Camões; Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, Til, de José de Alencar e Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett. Publicou ainda o estudo crítico de Música do Parnaso, de Manuel Botelho de Oliveira, e O Altar e o Trono: Dinâmica do Poder em O Alienista (vencedor do Prêmio José Ermírio de Morais da Academia Brasileira de Letras, em 2011).
Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), mais conhecido como Lima Barreto, foi jornalista, escrevendo também para alguns periódicos anarquistas do início do século XX, e um dos mais importantes escritores brasileiros. O seu pai foi tipógrafo. Aprendeu a profissão no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o periódico A Semana Ilustrada. A sua mãe foi professora e faleceu quando ele tinha apenas 6 anos. O viúvo João Henriques trabalhou muito para sustentar os quatro filhos do casal. João Henriques era monarquista, ligado ao Visconde de Ouro Preto, padrinho do futuro escritor. Talvez as lembranças saudosistas do fim do período imperial no Brasil, bem como as remotas lembranças da Abolição da Escravatura na infância tenham vindo a exercer influência sobre a visão de mundo do autor. Lima Barreto foi o crítico mais agudo da época da República Velha no Brasil, rompendo com o nacionalismo ufanista e expondo as mazelas da República. Em sua obra, de temática social, privilegiou os pobres, os boêmios e os arruinados. Foi severamente criticado por escritores contemporâneos por seu estilo despojado e coloquial, que acabou influenciando os escritores modernistas. Fiel ao modelo do romance realista, resgatando as tradições cômicas, carnavalescas e picarescas da cultura popular, queria que a sua literatura fosse militante. Escrever tinha finalidade de criticar o mundo circundante para despertar alternativas renovadoras dos costumes e de práticas que, na sociedade, privilegiavam pessoas e grupos. [Foto: Instituto Moreira Salles]
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Guilherme Horschutz Stella Reis –
Todo o trabalho de notas, comentários e texto da Ateliê é impecável. Para quem busca, uma leitura acessível e com uma abordagem holística, sob ponto de vista da teoria e crítica literária, esta é, indubitavelmente, A melhor opção. Tristemente, nesse caso, me revolta apenas o pouco caso que parecem fazer da ilustração, em algumas edições. Como pode a editora – que lançou capas belíssimas nas suas versões de “Dom Casmurro”, “O Cortiço”, “Viagens na Minha Terra” – publicar tal desatino?
Guilherme Horschutz Stella Reis –
Todo o trabalho de notas, comentários e texto da Ateliê é impecável. Para quem busca, uma leitura acessível e com uma abordagem holística, sob ponto de vista da teoria e crítica literária, esta é, indubitavelmente, A melhor opção. Tristemente, nesse caso, me revolta apenas o pouco caso que parecem fazer da ilustração, em algumas edições. Como pode a editora – que lançou capas belíssimas nas suas versões de “Dom Casmurro”, “O Cortiço”, “Viagens na Minha Terra” – publicar tal desatino?