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Thelma Guedes, poeta, contista e autora de novelas

Por Renata de Albuquerque

A literatura faz parte da minha vida desde que me entendo por gente”, diz Thelma Guedes. Nascida no Rio de Janeiro, foi em São Paulo que ela cursou Letras, na USP. E lá também cursou o Mestrado, cujo ponto de partida foi o primeiro livro da escritora Pagu (Patricia Galvão), Parque Industrial. Do Mestrado nasceu Pagu, Literatura e Revolução, em 2003.

Um ano antes, porém, Thelma havia encontrado Walcyr Carrasco, autor da Globo com quem colaborou em diversos projetos, como O Sítio do Picapau Amarelo e nas novelas Esperança e Chocolate Com Pimenta. Em 2006, Thelma inicia sua parceria com Duca Rachid, com quem escreveu novelas emocionantes como Joia Rara e Cordel Encantado, que receberam variados prêmios.

Agora, Thelma Guedes estreia, também em parceria com Duca Rachid, Órfãos da Terra, nova novela das seis da Rede Globo. Mas, nestas mais de duas décadas de história, ainda houve tempo para que ela escrevesse também contos e poesia. A Ateliê Editorial tem muito orgulho ter, em seu catálogo, três dos livros de Thelma Guedes, uma autora múltipla, que cria para a TV, faz poesia e escreve contos. Tudo com uma maestria ímpar.

Conheça, a seguir, alguns livros de Thelma Guedes, autora de Órfãos da Terra:  

Pagu, Literatura e Revolução

Este livro analisa as dimensões estéticas e políticas de Parque Industrial, romance de Patrícia Galvão (Pagu) publicado no início dos anos 1930. Na época, a obra foi rejeitada pelos intelectuais, inclusive os de esquerda. Ainda hoje, ela é relegada pela crítica e pela historiografia literária a um papel secundário dentro do modernismo brasileiro. Com sensibilidade e conhecimento de causa, a autora deste ensaio recupera os méritos desse romance proletário e aquilo que, nele, permanece atual.

Novelas, Espelhos e um Pouco de Choro

Um livro sobre a televisão, essa caixinha de mistérios que conquistou lares de todo o Brasil. Os autores dos contos aqui reunidos são roteiristas da Rede Globo. Cada um aborda um aspecto do tema, com estilo próprio e determinado ângulo de visão. O que dá unidade ao conjunto é a identificação com o leitor: todos os textos tratam de histórias que assistimos ou de que ouvimos falar. Todas elas nos pertencem porque, de alguma maneira, participamos delas. O prefácio é de Gilberto Braga.

Cidadela Ardente

Os dezenove contos que compõem o primeiro livro de Thelma Guedes são flagrantes do dia a dia, recortes de momentos decisivos e situações-limite. Os temas fundantes da sensibilidade humana – desejo, medo, solidão e morte – são a matéria literária essencial da autora. Mais do que estopins do sofrimento, eles são tratados aqui como processos desintegradores da própria consciência. É o que faz desta obra uma experiência perturbadora, que leva o leitor a um percurso de inquietações e perplexidades.

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