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Em antologia publicada pela Ateliê Editorial, autores locais refletem sobre o que é necessário para pensar o presente e o futuro da Amazônia

A abertura de rodovias cortando a Amazônia na segunda metade do século passado deu início a uma nova forma de integrar a Amazônia, esse lugar estratégico ao mundo, em uma das mais agressivas ocupações de fronteira. Uma integração que custou e ainda custa muito caro e que deixa atrás de si um cenário de devastação: grilagem de terras, violência no campo, invasão de terras indígenas e de reservas ecológicas, desrespeito às culturas locais e aos povos que há milhares de anos a protegem.

Estes são apenas alguns dos tópicos em torno dos quais Marcos Colón reuniu dezoito pesquisadoras e pesquisadores da Amazônia de várias áreas com o objetivo de provocar nos leitores e na sociedade uma reavaliação. Aos autores foi lançado o desafio de responder à questão: o que é preciso ser feito para manter a diversidade socioambiental amazônica? Quais utopias se fazem necessárias para garantir o presente e o futuro da maior floresta tropical do mundo? As respostas que ele reuniu estão no livro Utopias Amazônicas (Ateliê Editorial, 2025). As ilustrações e capa são do artista Denilson Baniwa e o projeto gráfico é da Negrito Design. A obra está em pré-venda promocional.

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“É necessária uma reorquestração semântica do conceito de utopia para que apareçam novos modos (e não modelos) para pensar, habitar, conhecer e respeitar a região. [Enquanto] ainda há floresta para abrigar nossos sonhos, quais são as utopias necessárias para mantê-la de pé e crescente?”, questiona Colón, idealizador e organizador da publicação.

Na obra, cada pensador amazônida – por nascimento ou adoção – apresenta seu diagnóstico crítico sobre o modelo de ocupação da região e como eles se relacionam com os planos de “desenvolvimento” da Amazônia. Os autores compartilham suas utopias e apresentam como a própria Amazônia pode salvar a si mesma, se a permitirem. Cada um deles, a partir da polifonia das vozes ribeirinhas, extrativistas, indígenas, quilombolas com as quais dialogam em suas pesquisas nos revela como é possível unir os milênios de sabedoria ancestral com tecnologias sociais e nos convidam a ajudar a transformar sonho em realidade e proteger um dos principais territórios naturais do planeta.

As utopias para salvar a Amazônia e, assim, adiar o fim do mundo são assinadas por Alberto Acosta, Alberto Chirif, Aurelio Michiles, Bruno Malheiro, Carlos Nobre, Edna Castro, Fernando Michelotti, Flávia Marinho Lisbôa, José Ángel Quintero Weir, José R. Bessa Freire, Julia Arieira, Lúcio Flávio Pinto, Nathália Nascimento, Philip Martin Fearnside, Raimunda Monteiro, Renan Freitas Pinto, Saint-Clair Cordeiro da Trindade Jr. são os autores da publicação. Ivânia dos Santos Neves assina a quarta capa e José R. Bessa Freire a orelha e apresentação dos autores.

ORGANIZADOR: 

MARCOS COLÓN — Professor, jornalista, poeta e documentarista. Atua como professor de mídia e comunidades indígenas pela Iniciativa Southwest Borderlands na Escola de Jornalismo e Comunicação de Massa Walter Cronkite, da Universidade Estadual do Arizona. Especializa-se em estudos literários e culturais brasileiros, com foco nas representações da Amazônia e do meio ambiente na literatura e no cinema brasileiros dos séculos xx e xxi. Seus artigos jornalísticos foram publicados em veículos proeminentes, como Público, Folha de S.Paulo, Mediapart, Latin America Bureau e El País. Produziu e dirigiu dois documentários que exploram as complexas relações da humanidade com o mundo natural: Muito Além de Fordlândia (2018) e Pisar Suavemente na Terra (2022). Fundador e editor-chefe da Amazônia Latitude, uma editora e revista digital ambiental, e também autor de The Amazon in Times of War (2024).

MARCO COLÓN

SOBRE OS AUTORES

ALBERTO ACOSTA – Economista equatoriano e professor universitário. Foi subgerente de Comercialização da Corporação Estatal Petrolífera Equatoriana (CEPE), entre 1982 e 1983. Ex-Ministro de Energia e Minas do Equador (2007) e ex-Presidente da Assembleia Constituinte do Equador (2007-2008). Foi candidato à Presidência da República do Equador (2012-2013). É consultor em questões petrolíferas e energéticas e companheiro de luta dos movimentos sociais. Autor, entre vários livros, de O Bem Viver: Uma Oportunidade para Imaginar Outros Mundos.

ALBERTO CHIRIF – Antropólogo peruano graduado pela Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Trabalha na Amazônia há 54 anos, focando em questões de direitos coletivos dos povos indígenas. Autor de artigos especializados, de livros coletivos e individuais, como Pueblos Indígenas Amazónicos e Industrias Extractivas (CAAAP, 2011); Historia del Tahuayo contada por sus pobladores (WCS, 2013); Pueblos de la yuca brava. Historia y culinaria (IWGIA, ORE, IBC e Nouvelle Planète, 2014); Diccionario Amazónico. Voces del castellano en la selva peruana (CAAAP e Lluvia Editores, 2016); Comparación de la normativa sobre territorios indígenas en Bolivia, Colombia, Ecuador, Perú y Paraguay (GIZ, 2016); Después del Caucho (Lluvia Editores, CAAAP, IWGIA e IBC, 2017); e De marocas y tombos calatos. Habla y jerga de Lima de mediados del siglo XX (Lluvia Editores, Lima, 2022).

AURELIO MICHILES – Cineasta. Nasceu em Manaus (1952). Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura da Universidade de Brasília (1970/1973) e Artes Cênicas na Escola de Artes Visuais – Parque Lage (1977/78). Tem textos publicados em universidades e revistas especializadas, e trabalhos citados em artigos e em teses acadêmicas no Brasil e no exterior. Segredos do Putumayo (2020, 87 min), com a participação especial do ator irlandês Stephen Rea, é a sua última produção. Estreou no Festival Internacional de Documentários “É Tudo Verdade” entre outros festivais no Brasil e no exterior quando recebeu excelentes críticas e prêmios: ÉTudoVerdade – Menção Honrosa; APCA Melhor Filme; Melhor Filme Festival Pan-Amazônica, Belém-Pará; Prêmio Melhores Filmes Sesc, 2022; Prêmio de Melhor Filme do Festival de Nice-França, 2023; Prêmio ABCine 2023 – Melhor Fotografia, Melhor Filme KIFF- X Kerry International Film Festival.

BRUNO MALHEIRO – Professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade do Estado do Pará (UEPA). É coordenador do Laboratório de Estudos em Territórios, Interculturalidade e Re-Existência na Amazônia (LaTierra), autor de Geografias do Bolsonarismo (Amazônia Latitude Press, 2023), co-autor de Horizontes Amazônicos: Para Repensar o Brasil e o Mundo” (Expressão Popular/Rosa Luxemburgo, 2021) e corroteirista de Pisar Suavemente na Terra (Amazônia Latitude Filmes, 2022).

CARLOS NOBRE – Doutor em Meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Foi pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foi coordenador geral do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/CPTEC-Inpe, criador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre/CCST-Inpe e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais/CEMADEN-MCTI. Foi cientista chefe do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia e Alto Conselheiro Científico do ”Panel on Global Sustainability da ONU”. Foi Presidente da CAPES e Secretário de Políticas de P&D do MCTI, um dos autores do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC (2007). É pesquisador-colaborador do Instituto de Estudos Avançados da USP.

EDNA CASTRO – Professora Emérita da Universidade Federal do Pará, socióloga, doutora pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris e com pós-doutorado no Centre National de la Recherche Scientifique/CNRS/EHESS, Paris. Atua no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos nos Programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido/Naea, e em Sociologia e Antropologia/PPGSA/IFCH, da UFPA. Foi presidente da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional/ANPUR e é atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia. Entre seus livros mais recentes estão: Decolonialidade e Sociologia na América Latina (Naea/UFPA) e Pensamento Crítico Latinoamericano (Annablume/Clacso).

FERNANDO MICHELOTTI – Doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Associado na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), atuando no Instituto de Estudos em Desenvolvimento Agrário e Regional (Iedar) e no Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional e Urbano na Amazônia (PPGPAM). Suas pesquisas estão voltadas a uma leitura crítica da questão agrária da Amazônia, a partir de tópicos como agroecologia, movimentos sociais, reforma agrária, luta pela terra e pelo território. Atua em projetos de extensão universitária e educação do campo em parceria com movimentos sociais ligados a estes temas.

FLÁVIA MARINHO LISBÔA – Doutora em Letras/Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora Adjunta da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), na Faculdade de Educação do Campo (Fecampo) e no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da UFPA. Vice-líder do Grupo de Estudo Mediações, Discurso e Sociedades Amazônicas (Gedai-UFPA) e membro do Laboratório de Contas Regionais da Amazônia (Lacam/Unifesspa). Tem experiência e interesse na área de Linguística/Análise do Discurso, na interface com a (de)colonialidade e estudos interseccionais, relações étnico-raciais e políticas de acesso e permanência para indígenas e quilombolas no ensino superior. Entre suas publicações está o livro Racismo Linguístico e os Indígenas Gavião na Universidade: Língua como Linha de Força do Dispositivo Colonial (EdUFBA-Salvador, 2022).

JOSÉ ÁNGEL QUINTERO WEIR – Membro do povo Añuu, habitantes originários das águas do grande Lago de Maracaibo e seus afluentes. Professor aposentado de Literatura e Culturas Indígenas na Escola de Letras da Universidade do Zulia-Venezuela, e doutor em Estudos Latino-Americanos pela Universidad Nacional Autónoma de México (Unam). Atualmente, impulsiona a experiência da Universidad Autónoma Indígena (Uain) e a Universidad de los Niños, projetos educacionais que propõem a organização intercultural para a educação autônoma e própria Wainjirawa (O que fazemos com nosso coração) como uma possível “Volta ao Nós”. É autor de mais de uma dezena de livros (romances, contos e ensaios) e de artigos publicados em revistas acadêmicas da América do Sul e da Europa, ou que circulam livremente nas redes.

JOSÉ R. BESSA FREIRE – Doutor em Literatura Comparada. Coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas como docente da UERJ e do Laboratório de Pesquisas em Oralidade no Programa de Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO. Cursou doutorado em História, sem defesa de tese, na École des Hautes Études em Sciences Sociales. Foi professor no Peru na Universidad Nacional de Educación, na PUC e na Universidad Ricardo Palma. É membro do Comitê Editorial e parecerista de revistas especializadas. Escreveu e co-organizou livros, entre os quais Rio Babel – A História das Línguas na Amazônia. Publicou capítulos de livros e artigos em revistas especializadas no Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Mexico, França, Alemanha, Itália, Inglaterra e Japão.

JULIA ARIEIRA – Bióloga, mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade e doutora em Agricultura Tropical pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com estágio de doutorado no Departamento de Geografia Física da Universidade de Utrecht, Holanda. Julia é membro da secretaria técnico-científica do Painel Científico para a Amazônia, uma iniciativa da Rede de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas desde 2019, e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Zonas Úmidas (INCT-INAUl), uma rede interdisciplinar científica e internacional. Há mais de duas décadas, dedica-se ao estudo dos padrões e dinâmicas da vegetação, considerando influências hidroclimáticas e edáficas. Suas investigações focam na importância dos serviços ecossistêmicos das Florestas Tropicais e Savanas da América do Sul, enfatizando a necessidade de preservar a biodiversidade para garantir estabilidade climática e bem-estar humano.

LÚCIO FLÁVIO PINTO – Jornalista desde 1966, com uma trajetória de dezoito anos como repórter no jornal O Estado de S. Paulo. Em 1988, fundou o Jornal Pessoal, um boletim quinzenal com sede em Belém. Autor de mais de vinte livros sobre a Amazônia, incluindo Amazônia Decifrada e A Questão Amazônica, também é coautor de diversas outras publicações sobre a região. Reconhecido com o Prêmio Wladimir Herzog em 2012, foi indicado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras como um dos jornalistas mais importantes do mundo, sendo o único brasileiro a receber essa distinção. Atua como colunista no portal ambiental Amazônia Real, entre outras atividades.

NATHÁLIA NASCIMENTO – Geógrafa, mestre em Gestão de Recursos Naturais na Amazônia, ambos pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutora em Ciência do Sistema Terrestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com estágio de doutorado no Center for Development Research (ZEF) da Universidade de Bonn, Alemanha. Fez pós-doutorado na Universidade do Espírito Santo e no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. É professora do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), onde desenvolve pesquisas focadas em conservação e restauração florestal, políticas públicas e modelagem de sistemas socioambientais. Também coordena o Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA) e integra o Centro de Estudos da Amazônia Sustentável (Ceas).

PHILIP MARTIN FEARNSIDE – Biólogo com PhD pela Universidade de Michigan (EUA), é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) desde 1978. É pesquisador 1-A de CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências. Ganhou os prêmios Wessel, Ford, Benchimol, Chico Mendes, Scopus e Fapeam. Trabalhou em oitocentas publicações científicas e setecentas de divulgação. Foi identificado em 2006 como o segundo cientista mais citado no mundo na área de aquecimento global; em 2011 como sétimo em desenvolvimento sustentável; em 2020 como “mais influente” no Brasil na área de ecologia e em 2021 na área de mudanças climáticas; e em 2023 como “melhor” (maior índice “D”) em ecologia e evolução e como “melhor” (maior índice “C”) nas grandes áreas de biologia e agrárias e nas subáreas de ecologia e ciência florestal.

RAIMUNDA MONTEIRO – Concluiu seu Pós-Doutorado em Ciências Sociais no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal. É doutora em Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e mestre em Planejamento de Desenvolvimento Regional pela UFPA, onde também foi graduada em Comunicação Social. Atualmente, trabalha como Professora Titular na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), ministrando cursos de Ciências Econômicas, Gestão Pública e Desenvolvimento Regional. Além de sua contribuição acadêmica, ocupou cargos de destaque na área de gestão ambiental, incluindo diretora do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). Hoje, serve como secretária executiva adjunta do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), vinculado ao Ministério das Relações Institucionais do Brasil.

RENAN FREITAS PINTO – Professor emérito e titular da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador visitante da Universidade do Estado do Amazonas. Coordenador de grupo de pesquisa sobre o pensamento social brasileiro na Amazônia com a publicação de três volumes intitulada Vozes da Amazônia. Professor e pesquisador sobre os temas do trabalho da Mulher e o pensamento social brasileiro com trabalhos sobre Florestan Fernandes (Tese de Doutorado), Octávio Ianni e Celso Furtado. Pesquisador da agricultura familiar na Amazônia com a dissertação de mestrado Os Trabalhadores da Juta e a Produção Mercantil Simples. Organizador de grupo de pesquisa sobre a Teoria Crítica. Pós-doutorado na USP concluído em 2013, com foco na obra e pensamento de Theodor Adorno.

SAINT-CLAIR CORDEIRO DA TRINDADE JR. — Professor Titular do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos na Universidade Federal do Pará, instituição na qual graduou-se em Geografia e Direito. Doutorou-se em Geografia Humana e realizou pós-doutorado em Geografia Regional na USP e em Políticas Urbanas no Institut des Hautes Études de l´Amérique Latine/Université Paris III. É sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, Pesquisador 1C do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Ordenamento Territorial e Urbanodiversidade na Amazônia. Tem experiência em Geografia Urbana e Regional, em Direito Urbanístico e em Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em: teoria regional e regionalização; produção social do espaço e direito à cidade; políticas de desenvolvimento e de ordenamento territorial; e cidades, urbanização e urbanodiversidade na Amazônia.

 

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